Você já ouviu falar em cabotagem ou em navegação costeira? Ambas significam a mesma coisa: a navegação costeira entre portos do mesmo país. É um modal favorável, comparado a outros transportes, em questão de custos, capacidade de cargas e impacto ambiental.
Segundo o presidente da Abac (Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), Cleber Cordeiro Lucas, no primeiro semestre deste ano foi alcançado 13% de expansão em navegação costeira no Brasil. É um recurso ainda relativamente novo, mas representa um meio de transporte de cargas com inúmeros benefícios e redução de custos. No entanto, apesar do grande potencial de expansão, ainda existem alguns impasses para que este recurso seja de fato melhor utilizado. Um deles é a legislação, que só permite que a cabotagem seja realizada com navios que possuam bandeira brasileira.
Com a nova tabela de frete, as empresas estão optando pela troca de modal e efetuando uma revisão estratégica de transporte para reduzir os preços da tabela. A movimentação por meio da cabotagem é mais comum em empresas de grande porte e mais consolidadas, porém, pequenas e médias também podem se beneficiar com a possibilidade de dividir contêineres com outras empresas.
O potencial para a navegação costeira tende a aumentar, seguindo o crescimento econômico brasileiro e através da troca de volumes dos caminhões para navios. Hoje, a cabotagem representa aproximadamente 20% do transporte marítimo brasileiro e ainda há muito potencial a ser explorado.