Câmara Árabe promove rodadas de negócios com pequenas e médias empresas querem exportar

Pequenas e médias empresas brasileiras estão interessadas em exportar para o mercado árabe. Vários empresários com este perfil manifestaram a intenção durante encontros com profissionais da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, nesta terça-feira (27), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. A federação promoveu reuniões entre 16 câmaras de comércio estrangeiras com representação no País e empresas brasileiras, com o objetivo de fomentar as exportações.

Entre as companhias que conversaram com o gerente de Marketing e Comercial da Câmara Árabe, José Cristóvão, e com o coordenador de Inteligência de Mercado, João Paulo Paixão, estava a Marina Gaydou. A microempresa paulistana fabrica bolsas e acessórios em couro e tem como seu principal foco produtos para mulheres com filhos pequenos. “As bolsas são bem femininas e sabemos que as mulheres dos países árabes são muito vaidosas”, afirma a proprietária da empresa, Monica Nogueira.

São produzidas, por exemplo, as bolsas mamãe-bebê, aquelas de porte maior para transportar apetrechos como fraldas e mamadeiras. Mas em vez de estampas com bichinhos coloridos, a Marina Gaydou fabrica as peças ao estilo feminino, similares a outras bolsas convencionais. “Para que a mulher se sinta feminina quando tem bebê”, afirma. Há também porta-documentos do bebê, bolsas de mão pequenas para levar poucas fraldas, além de bolsas femininas convencionais. A empresa ainda não exporta, fez apenas alguns envios para Argentina, mas quer entrar no mercado árabe.

Um representante da Xtire, Fabio Ferreira, também estava nas rodadas de negócios da Fiesp interessado em exportar, inclusive para o mercado árabe. A empresa tem fábrica em Atibaia, interior paulista, e lá produz selante de pneu. O produto sela o pneu de dentro para fora e dá a ele uma vida útil 20% maior. Ele protege de furos até 6 milímetros. De acordo com Ferreira, que atua com vendas para frotas e para o setor público, no caso de veículos de frotas, que rodam bastante, o selante dá um ano a mais de vida ao pneu. Já no caso de carros para uso convencional, entre dois e três anos.

“O mercado árabe é um dos grandes consumidores de veículos do mundo”, afirma Ferreira. A empresa existe há 15 anos e agora resolveu expandir para o mercado externo. Ela ainda não exporta e quer começar, no mercado internacional, atendendo também frotas e setor público, em função de volumes. O produto, no entanto, é vendido no varejo do setor e direto ao consumidor. Ao cliente final custa R$ 200 se for usado nos quatro pneus de um automóvel Gol.

A Renove também teve reunião com os profissionais da Câmara Árabe. A empresa faz automação de máquinas para a indústria de cartonagem. Na prática, ela dá aos equipamentos, que fazem caixas de papelão ondulado, mais agilidade e qualidade, segundo a responsável administrativa da empresa, Chrissie Barban, que esteve na Fiesp.

A Renove é uma empresa familiar, de pequeno porte, e fica na capital paulista. O trabalho para exportar começou recentemente. Barban afirma que quer conhecer melhor o mercado árabe e saber se há demanda para o seu produto na região. A empresa tem interesse nos países árabes, mas acredita que há possibilidade de começar a exportar pelos países da América Latina. A Renove atende as indústrias que fabricam caixas de papelão ondulado.

Os profissionais da Câmara Árabe ficaram de fazer uma pesquisa para saber se há demanda para os produtos dos empresários com os quais conversaram no mercado árabe. Segundo Cristóvão, a maioria é incipiente na exportação e há aí um papel a ser feito pela Câmara Árabe e outras entidades, como Fiesp e associações do setor, para prepará-las e ajudá-las a exportar. “Existe movimento grande dentro da Câmara no incentivo às exportações destas empresas”, diz Cristóvão, sobre o porte das empresas. De acordo com o gerente de Marketing, muitas estão procurando os países árabes como alternativa em função do mercado interno, que não está em seu melhor momento, e do câmbio favorável para exportar.

Fonte: Comex do Brasil

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