Dos 10 principais itens exportados pelo Brasil, 7 são produtos agrícolas

O agronegócio segue confirmando o quanto é importante para a economia brasileira. Entre os meses de janeiro e setembro, dos  10 principais produtos exportados pelo Brasil, 7 eram produtos agrícolas. Esse destaque é recorrente nos últimos anos. A liderança ficou com a soja em grão, que totalizou US$ 23 bilhões no período, com uma variação de 25,2% comparativamente com o mesmo período do ano passado.

Outros destaques foram a carne de frango, açúcar em bruto, celulose, farelo de soja, carne bovina e café em grão. As informações, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), mostram e reforçam a participação crescente dos produtos agrícolas na balança comercial brasileira.

Os principais produtos exportados pelo agronegócio brasileiro entre os meses de janeiro e outubro foram: açúcar em bruto (US$ 6,9 bilhões), carne de frango (US$ 4,9 bilhões), celulose (US$ 4,6 bilhões), farelo de soja (US$ 3,9 bilhões), carne bovina (US$ 3,6 bilhões) e café em grão (US$ 3,2 bilhões). Já os três produtos “não agrícolas” que integram a relação dos dez principais itens exportados pelo Brasil foram minério de ferro (US$ 14,1 bilhões), petróleo em bruto (US$ 13,3 bilhões) e automóveis (US$ 4,8 bilhões).

Outubro registra crescimento nas exportações
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nos primeiros cinco dias úteis de outubro, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,902 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 5,059 bilhões e importações de US$ 3,157 bilhões. Neste ano, as exportações somam US$ 169,663 bilhões e as importações, US$ 114,485 bilhões, com saldo positivo de US$ 55,177 bilhões.

A primeira semana de outubro de 2017 apresentou uma média de US$ 1,012 bilhão de exportações contra US$ 685,7 milhões registrados no mesmo período de 2016. Isso representa um crescimento de 47,6%, número relacionado ao aumento nas vendas de três categorias de produtos: básicos: (+70,8%, de US$ 283,5 milhões para US$ 484,1 milhões, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, minério de ferro, milho em grãos, soja em grãos, carnes de frango e bovina), semimanufaturados (+47,8%, de US$ 111,6 milhões para US$ 165,0 milhões, por conta de semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto, celulose, ferro-ligas, ouro em formas semimanufaturadas) e manufaturados (+22,8%, de US$ 275,6 milhões para US$ 338,5 milhões por conta de automóveis de passageiros, suco de laranja congelado, etanol, veículos de carga, laminados planos de ferro/aço).

Em relação ao mês de setembro deste ano, outubro teve um crescimento de 8,4% por conta das vendas de produtos semimanufaturados (+14,3%) e básicos (+13,4%).

Commodities puxarão alta de 12,8% das exportações

O comportamento das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional), em especial petróleo e minério, responderá pelo aumento de 12,8% das exportações neste ano, de acordo com a revisão da balança comercial para 2017, divulgada ontem pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Os dois produtos têm grande destaque nas exportações, segundo o presidente da AEB, José Augusto de Castro, tendo em vista o aumento significativo registrado tanto em quantidade como em preço médio para o petróleo, e em termos de preço para minérios. Castro observou que também a soja terá participação no crescimento das exportações, devido ao aumento da quantidade embarcada. “Esses são os três fatores básicos que ajudam a explicar esse aumento de 12,8% nas exportações”, disse.

Os dados revisados e projetados pela AEB indicam que as exportações alcançarão US$ 209,017 bilhões, enquanto as importações somarão US$ 145,795 bilhões, com expansão de 6%. O superávit comercial atingirá o recorde de US$ 63,222 bilhões, com alta de 32,6%.

Castro esclareceu que esse superávit recorde decorrerá não especificamente deste ano, mas de anos anteriores, em que o País teve uma base de exportação e importação muito pequena. Embora reconheça que o crescimento das exportações acima das importações vá ajudar positivamente no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), Castro disse que, “isoladamente, (superávit) é um número muito bom, mas que não gera atividade econômica. Não tem nenhum impacto na economia brasileira, porque o que gera atividade econômica é corrente de comércio, e não o superávit, que é feito de alguma coisa. Não é causa”.

O superávit histórico da balança comercial, segundo a AEB, colocará o Brasil entre as cinco nações de maiores superávits do mundo, atrás de China, Alemanha, Coreia do Sul e Rússia.

O crescimento de 12,8% das exportações, superior ao incremento de 2% previsto para o comércio global em 2017, levará o Brasil a ganhar uma posição no ranking mundial de países exportadores, subindo da 25ª para a 24ª classificação. Castro lembrou que, há três anos, o Brasil ocupava o 21º posto no ranking e está apenas “recuperando um degrau perdido no passado”.

O presidente da AEB disse que o Brasil tem muito a crescer. No que se refere às exportações de produtos básicos, que não dependem do país, mas do mercado externo, ele disse que “o Brasil está muito bem”. Ressaltou, entretanto, que, no que depende do país, que são as exportações de manufaturados, “o Brasil está mal”.

Segundo ele, a projeção de aumento de 6,8% para os produtos manufaturados brasileiros neste ano se deve, quase exclusivamente, à Argentina. Castro disse ainda que as exportações de manufaturados do Brasil de 2015, 2016 e parte deste ano serão menores do que foram em 2006. “Estamos 10 anos parados no tempo.”

De acordo com relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil está fora das cadeias globais de valor, concentradas nos Estados Unidos e na União Europeia, porque as exportações brasileiras de manufaturados são todas direcionadas para a América do Sul. “O fato de o Brasil não integrar as cadeias globais de valor faz com que nós vivamos um isolamento comercial”, disse.

Para Castro, a tendência é piorar, porque, em 2018, haverá a reoneração tributária e previdenciária, que entrará em vigor em janeiro; e isso, segundo ele, vai aumentar os custos de produção entre 4% e 6%, retirando a competitividade do produto brasileiro. Nos últimos cinco anos, as exportações sofreram quedas consecutivas e acumuladas em 27,7%, informou a AEB.

Fonte: Jornal do Commercio

Agronegócio tem no mês de junho segundo maior superávit da série histórica: US$ 8,12 bilhões

As exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 9,27 bilhões, em junho, superando em 11,6% o valor registrado em igual mês do ano anterior. Do lado da importação, houve crescimento de 6,1%, passando para US$ 1,16 bilhão em junho deste ano. O superavit comercial do agronegócio brasileiro elevou-se de US$ 7,22 bilhões para US$ 8,12 bilhões, sendo o segundo maior resultado da série histórica para meses de junho, abaixo apenas do valor de junho de 2014, quando foi de US$ 8,40 bilhões.

As vendas foram lideradas pelo complexo soja (grão, farelo e óleo), cujas vendas atingiram US$ 3,96 bilhões. O valor significa acréscimo de 8,1% sobre o que foi registrado em igual mês de 2016. Este segmento representou 42,7% do total das exportações do agronegócio no mês. Os dados constam da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O complexo sucroalcooleiro aparece em seguida, com exportações de US$ 1,36 bilhão no período, contabilizando aumento de 32,9% sobre junho/2016. Esse acréscimo foi puxado pelas vendas de açúcar em bruto, que tiveram incremento de 39,7%, alcançando US$ 1,07 bilhão (2,64 milhões de toneladas). Esse desempenho garantiu recordes em valor e quantidade para o açúcar em bruto, considerando meses de junho.

Na terceira posição da pauta, o setor de carnes registrou exportações de US$ 1,32 bilhão, revelando avanço de 1,7% no valor exportado em junho/2017 sobre igual período do ano anterior. As vendas de carne suína obtiveram o melhor desempenho do setor, com elevação de 26,9% sobre junho/2016 (+3,9% em quantidade e +22,1% no preço médio), passando para US$ 154,53 milhões.

O destaque seguinte foram as exportações de produtos florestais, que atingiram US$ 1,03 bilhão em junho/2017, superando em 21% o resultado de junho/2016. Sobressaíram-se as vendas de celulose, com aumento de 38,5% sobre junho/2016 (+16,9% em quantidade e +18,5% no preço médio), alcançando US$ 620,15 milhões.

O quinto melhor desempenho foi o de café, totalizando US$ 368,96 milhões, em junho/2017, com aumento de 4,2% sobre junho/2016. O principal item foi o café verde, com exportações de US$ 309,30 milhões, cifra 2% superior à registrada em junho/2016 (-7,7% em quantidade e +10,5% no preço médio).

Em conjunto, os cinco principais segmentos da pauta do agronegócio somaram US$ 8,04 bilhões, representando 86,7% do total das exportações registradas em junho de 2017.

(*) Com informações do Mapa

Porto de Santos responde por 27,6% de todo o volume exportado pelo Brasil no 1º. quadrimestre

O Porto de Santos alcançou em abril/2017 a maior participação percentual do ano na balança comercial brasileira. De acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o Porto de Santos comercializou US$ 31,7 bilhões, de janeiro a abril de 2017. Este número representa 27,6% do total de US$ 114,9 bilhões do comércio exterior do país no período. Os dados foram compilados pela Gerência de Estatísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Nas exportações, o valor das transações comerciais internacionais pelo Porto de Santos foi de US$ 18,4 bilhões no acumulado do ano. Isso representa 27% de participação do Porto no período. O total do país é de US$ 68,1 bilhões. A China continua como principal parceira comercial, com a participação de 20,4% no período, cerca de US$ 3,74 bilhões. Estados Unidos (11,4%, por volta de US$ 2,09 bilhões), Argentina (7,4%, aproximadamente US$ 1,36 bilhão), Holanda (2,9%), México (2,8%), Bélgica (2,5%), Arábia Saudita, Tailândia (ambos com 2,4% de participação) e Irã (2,1%) completam os dez principais importadores pelo cais santista.

Nas importações, o resultado do Porto de Santos entre janeiro e abril é de US$ 13,4 bilhões, correspondente a 28,6% do total brasileiro (US$ 46,8 bilhões). A participação da China é de US$ 2,91 bilhões (21,8% no total do porto). Em segundo, Estados Unidos, com US$ 2,17 bilhões e participação de 16,3%. Completam os dez maiores parceiros comerciais na importação: Alemanha (8,7% – US$ 1,15 bilhão), Coréia do Sul (4,8%), Japão (4,6%), França (3,7%), Índia (2,9%), Itália (2,9%), México (2,7%) e Argentina (2,5%).

Em valores comerciais, a principal carga exportada pelo Porto de Santos neste período é a soja, com US$ 3,24 bilhões, correspondente a 17,6% do total. 15,7% foram comercializados com a China. Em seguida, como principais importadores do produto, estão a Tailândia e a Coréia do Sul, além de outros nove países com menor participação.

O 2º produto de maior participação comercial nas exportações em 2017 é o açúcar, com 9,9% de participação no total do Porto (US$ 1,82 bilhão). Neste período, a Argélia é a principal importadora, seguida de Bangladesh e Índia. O açúcar seguiu ainda para outros 43 países.

O 3º produto de maior valor comercial na exportação no ano é o café em grãos, com 7,7% (US$ 1,41 bilhão), exportado principalmente para Alemanha, Estados Unidos e Itália. Outros 63 países também recebem café embarcado no Porto de Santos.

A carne bovina também foi destaque nas exportações pelo Porto de Santos, com a participação comercial de US$ 694,9 milhões, equivalente a 3,8% do total. As peças foram para a China, Hong Kong, Irã e mais 58 países.

Nas importações, as cargas de maior valor comercial desembarcadas em Santos foram óleo diesel (US$ 344,7 milhões), importado dos Estados Unidos, Suíça e Portugal; caixas de marchas (US$ 228,8 milhões), importadas do Japão, Coréia do Sul e Indonésia, além de outros 14 países; e células e painéis solares, vindas principalmente da China, Malásia e Vietnã, no valor de US$ 155,7 milhões.

(*) Com informações da Codesp/Porto de Santos

China importa US$ 5,75 bilhões até março e é o principal mercado para o agronegócio brasileiro

O aumento de 34,2% nas exportações realizadas até o mês de março contribuíram para consolidar ainda mais a China como principal país de destino das exportações do agronegócio brasileiro com embarques no montante de US$ 5,75 bilhões. De janeiro a março de 2016, as exportações do agronegócio para os chineses totalizaram US$ 4,288 bilhões. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Nos três primeiros meses do ano, a China teve uma participação de 28,0% nas exportações totais do agronegócio brasileiro, contra uma fatia de 21,4% em igual período do ano passado.

A alta nas exportações para a China foi liderada pela soja em grãos (no total de US$ 4,29 bilhões), seguida pela celulose (US$ 618 milhões), carne bovina in natura (US$ 220 milhões) e carne de frango in natura (US$ 187 milhões).

Os Estados Unidos foram o segundo mercado para os produtos do agronegócio brasileiro com um total de US$ 1,46 bilhão. Como resultado, a participação americana na pauta exportadora brasileira passou de 7,2% no primeiro trimestre de 2016 para 7,1% no primeiro trimestre de 2017. A queda resultou, principalmente, da retração nas vendas de suco de laranja (-31,3%), fumo não manufaturado (-50,9) e papel (-45,5%).

Segundo os dados do Mapa, os países que mais contribuíram para a ampliação das vendas externas do agronegócio brasileiro, além da China, foram a Rússia, Arábia Saudita, o Irã e Argélia. Em conjunto, incluindo a China, houve aumento de US$ 1,92 bilhão para esses mercados no primeiro trimestre deste ano.

Fonte: Comex do Brasil

Receita das exportações de carne de frango cresce 24% em fevereiro

O Brasil é o maior exportador global de carne de frango e comemora mais um resultado positivo. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o país exportou 330,2 mil toneladas considerando embarques de todos os produtos (in natura, embutidos, processados). O número é 3,2% superior ao registrado no mesmo mês de 2016. Em receita, o resultado foi ainda melhor, com elevação de 24% em relação ao mesmo período do ano passado.

O bimestre foi o melhor dos últimos quatro anos. O saldo dos exportadores de carne de frango neste período fechou em 693,1 mil toneladas, número que supera em 8,9% o resultado do primeiro bimestre de 2016, com 636,7 mil toneladas.  Em receita, o crescimento chegou a 28,7%, com US$ 1,167 bilhão. Esses resultados positivos são em decorrência do aumento das compras de alguns importadores, como Hong Kong, Arábia Saudita, África do Sul e União Européia em fevereiro. O mês, tradicionalmente, é o que apresenta o menor desempenho de todos, por ter menos dias úteis. O setor logístico acompanha atento esses números, que refletem diretamente nos negócios.

Crescimento também na exportação de carne suína

Os embarques de carne suína in natura totalizaram em fevereiro 44,1 mil toneladas, volume 0,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de 43,8 mil toneladas. O resultado é o melhor nos últimos cinco anos para o mês de fevereiro. Já em receita cambial, houve crescimento de 32,7%, com US$ 102 milhões (frente a US$ 77,3 milhões do segundo mês de 2016).

No bimestre, a alta acumulada chega a 18,9% em volume, com 98,6 mil toneladas (contra 82,9 mil toneladas do primeiro bimestre de 2016), e 53,5% em receita, com US$ 227,2 milhões (contra US$ 148 milhões do ano anterior).

 

Exportações do agronegócio crescem 17,9% em janeiro

As exportações do agronegócio em janeiro somaram US$ 5,87 bilhões, crescimento de 17,9% em relação aos US$ 4,98 bilhões exportados em janeiro de 2016. Os dados endossam a previsão do setor logístico de melhora no mercado como um todo. “Desde o ano passado, mesmo com a crise, esperávamos um início de ano mais tranquilo. Os números nos fazem acreditar que o crescimento, mesmo que tímido, deve seguir em 2017”, analisa o gerente de vendas da DC Logistics Brasil, Jailson Souza.

O governo quer estimular as exportações. A Receita Federal anunciou que as empresas exportadoras poderão usar créditos tributários para quitar débitos com a Previdência Social, com base no último programa de refinanciamento de dívidas.
As importações também cresceram, passando de US$ 913,01 milhões para US$ 1,27 bilhão (+39,1%). Como resultado, o superávit do setor subiu de US$ 4,06 bilhões para US$ 4,60 bilhões. Os dados são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os líderes em crescimento
O complexo sucroalcooleiro foi o setor com maior expansão nas vendas externas entre os setores exportadores do agronegócio em janeiro. O valor das exportações desses produtos subiu 110% em relação ao mesmo período do ano passado. No setor, o principal produto exportado foi o açúcar (92,9%). Foram US$ 955,40 milhões em açúcar de cana, com elevação de 120,7% no valor embarcado.

O setor de carnes – bovina, suína e de frango – atingiu US$ 1,21 bilhão. O montante representou crescimento de 31,1% em relação aos US$ 926,23 milhões exportados em janeiro de 2016. As vendas externas de carne de frango registraram o maior incremento em valor dentre os três principais tipos de carnes exportadas, subindo 33,6%, em janeiro de 2017 na comparação com o mesmo mês de 2016, o que gerou US$ 149,16 milhões. A quantidade também foi recorde para janeiro, com 355,1 mil toneladas exportadas.

As exportações do complexo soja tiveram expansão de 54,7%, em janeiro, o que resultou em US$ 961,05 milhões em exportações. As vendas externas de soja em grão foram de US$ 364,79 milhões (+147,1%).

Exportações de cachaça têm alta de 4,62% em valor e totalizam US$ 13,93 milhões em 2016

Após encerrar o ano festejando o retorno da cachaça ao Simples Nacional, o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) inicia 2017 comemorando o aumento das exportações de cachaça em 2016. Segundo dados divulgados pelo Ibrac, as exportações de cachaça em 2016 cresceram 4,62% em valor e 7,87% em volume, totalizando
US$ 13, 93 milhões e 8,3 milhões de litros.

Esse resultado positivo é um dos frutos do Projeto de Promoção às Exportações de Cachaça, “Cachaça: Taste the new, Taste Brasil”, (www.tastebrasil.com), desenvolvido em parceria pelo Ibrac e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Assinado em 2014, o Projeto teve investimentos de mais de R$ 1,3 milhão e contou com a participação de mais de 50 empresas, entre micro, pequenas e grandes empresas. Esses recursos foram investidos em ações de promoção da cachaça nos Estados Unidos, Alemanha e México.

“A parceria e o apoio da Apex-Brasil têm sido fundamentais para o processo de consolidação, promoção e reconhecimento da cachaça no mercado internacional”, explica Carlos Lima, Diretor Executivo do Ibrac.

Lima ainda ressalta que as empresas participantes do projeto foram responsáveis por mais de 60% do valor total exportado de cachaça em 2016, e que a entidade está em fase final de elaboração de uma nova proposta de projeto a ser apresentado para a Agência.

Para o Gerente de Exportação da Apex-Brasil, Christiano Braga, a cachaça é um produto destilado tipicamente brasileiro e que tem tudo para alcançar status internacional. “A cachaça é, cada vez mais, reconhecida internacionalmente. O objetivo desta parceria com o Ibrac é trabalhar para transformar este produto genuinamente nacional em um ícone internacional. Quanto maior a inserção das empresas nacionais no mercado externo, melhor será a reputação e o reconhecimento do nosso produto”, afirma.

(*) Com informações da Apex-Brasil

Apoio às exportações de empresas do interior do país abre mercado para setor logístico

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços vai apoiar empresas de cidades do interior que querem exportar. Foi o que garantiu o ministro Marcos Pereira, em Taubaté (SP), durante encontro com prefeitos na 1ª Reunião Ordinária do Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira (CODIVAP).

O apoio acontece através de dois programas: o Brasil Mais Produtivo e o Plano Nacional da Cultura Exportadora. O primeiro visa atender três mil empresas industriais de pequeno e médio porte, com objetivo de aumentar em pelo menos 20% a produtividade no setor. O conceito baseia-se na redução dos sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos).

Já o Plano Nacional da Cultura Exportadora tem como objetivo aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior, além de promover o crescimento das exportações de produtos e serviços, com ênfase em bens manufaturados, com maior fator agregado. Ele é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização – que constituem a trilha da internacionalização, ou o caminho para uma empresa exportar. O programa conta com três temas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão. “Vamos regionalizar a execução destes dois programas e o projeto piloto será em São Paulo”, disse Pereira.

O ministro destacou que até hoje o foco era em nível estadual, com lançamentos feitos apenas nas capitais. “Percebi que empresas do interior, muitas vezes distantes dos grandes centros, também podem e devem ser contempladas”, afirmou Marcos Pereira que frisou ainda o esforço do Governo Federal em reposicionar a política comercial brasileira. “Essa iniciativa, focada em empresas do interior, é muito importante não só porque abre novas oportunidades para o setor logístico, mas também por dar a chance para organizações que possuem produtos de qualidade mostrarem o que fazem para outros países”, diz o Gerente de Operações da DC Logistics Brasil, Bruno Souza.

“Fome” de commodities faz China aumentar em 74,3% compra de produtos brasileiros em janeiro

Principal parceiro comercial do Brasil, a China começou o ano de 2017 com um forte aumento de 74,3% nas importações de produtos brasileiros no mês de janeiro, consolidando-se ainda mais como o destino número um dos produtos embarcados pelo Brasil para o exterior. O segundo país de destino das vendas externas brasileiras, os Estados Unidos, aumentaram em 18,5% a compra de produtos exportados pelas empresas nacionais.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em janeiro, as exportações para a China totalizaram US$ 3,027 bilhões, uma expressiva alta de 74,3% comparativamente com US$ 1,391 bilhão embarcados para o gigante asiático no mesmo período do ano passado.

O aumento significativo deveu-se ao forte apetite chinês por produtos como petróleo em bruto, minério de ferro, soja em grão, celulose, carne de frango, açúcar em bruto, minério de manganês, carne bovina, ferro-ligas, óleo de soja em bruto e polímeros plásticos.

No período, os Estados Unidos, segundo maior importador de produtos brasileiros, foram o destino final de bens no valor de US$ 1,828 bilhão, com uma elevação de 18,5% comparativamente com US$ 1,402 bilhão importado em janeiro do ano passado.

Os produtos que mais contribuiram para o aumento das exportações para o mercado americano foram petóleo em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, etanol, óleos combustíveis, celulose, minério de ferro, partes de motores/turbinas para aviação, gasolina, automóveis de passageiros, couros e peles, suco de laranja congelado e pneumáticos.

Em termos de países, segundo o MDIC, os cinco principais compradores de produtos brasileiros foram 1) China (US$ 3,27 bilhão), 2) Estados Unidos (US$ 1,828 bilhão), 3) Argentina (US$ 1,036 bilhão), 4) Países Baixos (US$ 681 milhões) e 5) Índia (US$ 417 milhões).

Fonte: Comex do Brasil