Crescimento nas exportações de produtos industrializados motiva setor logístico

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a venda externa de produtos manufaturados cresceu 8% entre 2015 e 2016 no Brasil. O país aumentou a exportação de tecnologia no ano passado. Já os semimanufaturados, que também foram processados de alguma maneira, cresceram 9,5% em comparação com 2015. Esses dados sugerem ainda que o setor externo garantiu rentabilidade para a indústria, apesar das dificuldades da economia brasileira. O crescimento de produtos industrializados motiva o setor logístico.

Segundo o MDIC, entre os industrializados, os principais destaques em volume foram açúcar bruto (+24,5%), celulose (+12,6%), aviões (+15,3%), automóveis de passageiros (+44,3%) e óxidos e hidróxidos de alumínio (+5,7%). As exportações brasileiras passaram de 638 milhões de toneladas, em 2015, para 645 milhões de toneladas, no ano passado – um avanço de 1,10%. No caso de açúcar bruto, celulose, óxidos e hidróxidos de alumínio e suco de laranja não congelado, o volume exportado foi recorde. “Os números são motivadores, já que 2017 deve ser um ano de reaquecimento de todos os setores e mercados. É uma demonstração de que o setor logístico conseguiu crescer, apesar de todos os desafios e dificuldades econômicas do ano que passou”, frisa o Gerente de Vendas da DC Logistics Brasil, Jailson Souza.

O governo considerou positivo o aumento nas vendas de industrializados. O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto, em entrevista para a Agência Brasil, chamou a atenção para o fato de que a participação do grupo na pauta de exportações cresceu. Enquanto em 2015 as vendas da categoria corresponderam a 51,9% do total exportado, em 2016 ficaram em 55%. “É o terceiro ano consecutivo de alta”, afirmou.

Balança comercial registra superávit de US$ 222 milhões na primeira semana do ano

A balança comercial brasileira registrou na primeira semana de janeiro de 2017, com cinco dias úteis, superávit de US$ 222 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 3,021 bilhões e importações de US$ 2,799 bilhões.

Nas exportações, comparadas as médias da primeira semana de janeiro de 2017 (US$ 604,2 milhões) com a de janeiro de 2016 (US$ 561,9 milhões), houve crescimento de 7,5%, em razão do aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (51,4%), de US$ 92,6 milhões para US$ 140,2 milhões, por conta de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, ouro em formas semimanufaturadas.

As vendas de manufaturados cresceram 1,4%, de US$ 216,8 milhões para US$ 219,9 milhões, por conta de suco de laranja não-congelado, veículos de carga, chassis com motor, laminados planos de ferro e aço, açúcar refinado e hidrocarbonetos.

Por outro lado, caíram as vendas de produtos básicos (-3,0%), de US$ 237,4 milhões para US$ 230,4 milhões, por conta, principalmente, de milho em grãos, petróleo em bruto, soja, café em grãos, carne bovina e de frango.

Em relação a dezembro de 2016, houve retração de 16,6% em virtude da queda nas vendas de produtos manufaturados (-30,7%), de US$ 317,5 milhões para US$ 219,9 milhões; e de básicos (-14,2%), de US$ 268,5 milhões para US$ 230,4 milhões. Por outro lado, cresceram as vendas de produtos semimanufaturados (16,2%), de US$ 120,6 milhões para US$ 140,2 milhões.

Nas importações, a média diária da primeira semana de janeiro de 2017, de US$ 559,8 milhões, ficou 8,5% acima da média de janeiro de 2016 (US$ 516,1 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (219,7%), cereais e produtos da indústria de moagem (121,5%), aeronaves e peças (115,0%), combustíveis e lubrificantes (64,8%), equipamentos eletroeletrônicos (26,1%) e instrumentos de ótica e precisão (17,1%).

Ante dezembro de 2016, houve expansão nas importações de 6,8%, pelos crescimentos em aeronaves e peças (95,7%), adubos e fertilizantes (62,3%), combustíveis e lubrificantes (19,1%), químicos orgânicos e inorgânicos (14,9%), equipamentos eletroeletrônicos (13%) e plásticos e obras (7,1%).

Fonte: MDIC

Paraná contraria tendência nacional e aumenta exportações em 2016

O Paraná registrou uma receita de exportações em US$ 15,2 bilhões em 2016, o que representou um aumento de 1,8% em relação aos US$ 14,9 bilhões registrados em 2015, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O Estado seguiu na direção contrária dos resultados do Brasil. Em 2016, o País registrou um recuo de 3,09% nas exportações na comparação com o ano anterior, com um faturamento de US$ 191,1 bilhões.

“Apesar da quebra da safra, que frustrou a exportação do excedente da produção de grãos, e o patamar de preços das commodities não ser mais tão favorável como há dez anos, o Paraná conseguiu ter um resultado acima da média brasileira” diz Julio Suzuki, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).

MAIOR CRESCIMENTO – O Paraná teve o maior crescimento de exportações entre os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que reúnem as maiores economias do País. Levantamento do Ipardes mostra que das 11 unidades dessas regiões, apenas quatro tiveram resultados positivos. Além do Paraná, São Paulo registrou alta de 1,4%, Rio de Janeiro e Goiás (0,9%) cada um.

Enquanto as exportações brasileiras foram afetadas mais fortemente pela queda dos preços internacionais, o Paraná teve, nas vendas externas, influência positiva dos setores de celulose e de transporte, principalmente. “Houve uma boa contribuição da celulose e da retomada da venda de automóveis para a Argentina”, diz Suzuki Júnior.

SUPREENDENTE – Influenciada pela instalação da nova fábrica da Klabin em Ortigueira, nos Campos Gerais, a exportação de celulose cresceu 147 vezes no Paraná em 2016. Passou de US$ 2,09 milhões, em 2015, para US$ 308,96 milhões no ano passado.

As vendas de veículos de carga, por sua vez, aumentaram 195,3%, de US$ 113,8 milhões para US$ 336,3 milhões. As exportações de automóveis cresceram 56,1%, de US$ 386,8 milhões para US$ 603,7 milhões. As vendas do setor automotivo foram beneficiadas pela retomada das encomendas da Argentina.

“Foi surpreendente a capacidade de redirecionamento da produção da indústria automotiva do Estado para o País vizinho. Os automóveis, que chegaram a ser o primeiro produto exportado pelo Paraná, perderam posições nos últimos anos e vem recuperando espaço. Hoje estão em quinto lugar na pauta”, diz Suzuki Júnior.

TRATORES E AGRO – As vendas de tratores, por sua vez, tiveram crescimento de 27,5%, de US$ 188,7 milhões para US$ 240,5 milhões.

No agronegócio, os destaques foram as exportações de carne suína in natura, que aumentaram 30,2%, de US$ 132,4 milhões, em 2015, para US$ 172,3 milhões em 2016. As exportações de açúcar bruto tiveram alta de 13,4%, de US$ 792,8 milhões para US$ 898,8 milhões.

PREVISÃO 2017 – De acordo com Suzuki Júnior, a perspectiva de uma boa safra de soja e de milho deve aumentar a exportação tanto na forma de grão quanto de proteína animal, como frango. “Isso deve fazer com que as exportações tenham destaque na economia do Estado nesse ano” afirma.

Suzuki Júnior lembra que a previsão é positiva também tanto para automóveis, com a continuidade de exportações para a Argentina, quanto para o setor de celulose.

IMPORTAÇÕES – Na direção contrária, as importações, por sua vez, tiveram queda de 10,89% no Paraná em 2016, influenciadas pela queda no consumo com a recessão. As importações passaram de US$ 12,4 bilhões, em 2015, para US$ 11,09 bilhões em 2016, influenciadas pela queda de encomendas de óleo bruto de petróleo, automóveis e componentes, por exemplo.

SUPERÁVIT -Com a queda nas importações e o aumento das exportações, o Paraná registrou um superávit comercial de US$ 4,08 bilhões, o maior desde 2005 (US$ 5,5 bilhões). Apesar de positivo, o resultado da balança comercial ainda reflete o efeito da recessão, puxado principalmente pela queda nas importações. “O que percebemos é que há uma corrente de comércio baixa, que reflete um pequeno volume de transações tanto nas exportações quanto nas importações”, diz.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Brasil teve em 2016 a maior safra de café de sua história, segundo levantamento da Conab

O Brasil teve neste ano a maior safra de café da sua história. A colheita chegou a 51,37 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado – somadas as espécies arábica e conillon –, com aumento de 18,8% em relação a 2015, de 43,24 milhões de sacas. Antes, o recorde era de 2014, quando a produção foi de 50,8 milhões de sacas.

Os números constam do quarto e último levantamento da safra 2016, divulgado no dia 22/12 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A área plantada no país teve leve redução, com decréscimo de 1,1% na comparação com 2015, totalizando 2,22 milhões de hectares. No entanto, houve ganho expressivo de produtividade. A média de 26,33 sacas por hectare é 17,1% superior à da safra passada.

As condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica, aliadas ao ciclo de bienalidade positiva, favoreceram as lavouras e a produtividade na maioria dos estados. Os maiores ganhos ocorreram em São Paulo, com 46,7%, Mato Grosso, com 39,4%, e Minas Gerais, com 32,2%.

O café arábica domina as lavouras de café no país, representando 84,4% da produção total do grão, com de 43,38 milhões sacas. Esse resultado é 35,4% superior ao da safra anterior e se deve ao aumento de 46 mil hectares da área em produção, incluindo a incorporação de novas áreas que se encontravam em formação e renovação, além das condições climáticas mais favoráveis.

A produção do conilon, que representa 15,6% do total de café do país, está estimada em 7,98 milhões de sacas, com redução de 28,6% na comparação com a safra passada. Nesse caso, houve diminuição de 4% na área e problemas climáticos, como seca e má distribuição de chuvas por dois anos consecutivos no Espírito Santo, maior produtor de café conilon no país.

Em Rondônia e na Bahia, também produtores da espécie, ocorreram estiagens nas fases críticas das lavouras. Em Rondônia, a quebra de produtividade foi amenizada pela entrada de novas áreas de café clonal, cuja produtividade é superior às tradicionais.

(*) Com informações do Mapa

Novo Processo de Exportações do Portal Único de Comércio Exterior é lançado na Fiesp

O ambiente de validação do Novo Processo de Exportações do Portal Único de Comércio Exterior foi lançado oficialmente nesta terça-feira (20) na Fiesp. O sistema está disponível para o setor privado, permitindo às empresas testar as soluções de tecnologia da informação desenvolvidas para amparar o Novo Processo de Exportações.

Com isso, elas podem preparar os sistemas corporativos para se comunicar com a nova interface, explicou Renato Agostinho, secretário substituto de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Há redução de 60% no total de dados a digitar, explicou. Até o final do primeiro trimestre de 2017 deverá ser lançado, para o modal aéreo, o piloto do Novo Processo de Exportações.

No evento, o diretor titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp (Derex), Thomaz Zanotto, explicou que a entidade há alguns anos coloca como prioridade absoluta o projeto do Portal Único de Comércio Exterior. Reduzindo à metade o tempo de saída dos portos, economiza, de forma muito conservadora, US$ 15 bilhões por ano, disse. “Não há projeto de infraestrutura que dê esse retorno.” Zanotto destacou a importância dada pelo tema ao presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf.

Os países têm investido muito em infraestrutura de internet, de tecnologia da informação, explicou. É um tipo de infraestrutura que facilita e nivela o país, integrando o Brasil ao mundo, afirmou Zanotto. Sempre lutamos, disse, pelo projeto do Portal Único, para que não perca o vapor, não perca os recursos necessários. Destacando que o comércio exterior volta à centralidade na política econômica brasileira, Zanotto lembrou que cada vez mais o comércio exterior é a facilitação do comércio.

José Guilherme Vasconcelos, superintendente regional da Receita Federal em São Paulo, explicou que a instituição trabalha pela facilitação do comércio exterior, que é do interesse do Estado, mas não perde o foco no controle alfandegário, para combater práticas ilícitas, que prejudicam as empresas nacionais.

São Paulo faz fronteira com o mundo, lembrou, com a maior alfândega portuária da América do Sul, em Santos. O Estado, disse, concentra 60% das trocas brasileiras.

John Mein, coordenador executivo da Procomex, destacou a ampliação do escopo do evento de apresentação do projeto, indo além do caráter técnico.

Redesenho

Renato Agostinho, secretário substituto da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, destacou a receptividade da Fiesp às iniciativas do governo para facilitação de comércio exterior, que tem no Portal Único sua iniciativa mais expressiva. Explicou que ele não é somente um novo sistema, e sim um redesenho de processos, num trabalho feito em estreita cooperação com o setor privado.

É muito mais, afirmou, do que informatizar a burocracia existente. Reduz tempo e custos no comércio exterior, dando mais competitividade aos operadores. Hoje, numa operação de comércio exterior, o CNPJ de uma empresa pode ser exigido 18 vezes, exemplo que Agostinho escolheu para ilustrar a burocracia atual.

Com o portal único há atuação coordenada dos órgãos ligados ao comércio exterior, com uma interface única com o governo. Sua implantação começou em 2014. Espera-se redução de 40% dos tempos médios de importação e exportação quando estiver concluído. Isso, explicou Agostinho, colocará o Brasil em igualdade com os principais atores do comércio internacional. Ele citou ganhos para a economia brasileira graças a isso, com o PIB crescendo 1,52% no primeiro ano de sua implementação, segundo estudo da FGV. E chegaria a 2,52% em 14 anos.

O Novo Processo de Exportação permite redução de 60% no total de dados a digitar, explicou. Até o final do primeiro trimestre de 2017 deverá ser lançado, para o modo aéreo, o piloto do Novo Processo de Exportação. E também o Novo Processo de Importação começará em 2017.

As operações deixam de ser sequenciais e podem ser feitas paralelamente, permitindo ganho de agilidade. A Declaração Única de Exportação (DU-E) substitui RE, DE e DSE. Há integração com a Nota Fiscal Eletrônica, e as inspeções físicas ganham celeridade e coordenação, frisou Agostinho.

Vladimir Guilhamat, diretor titular adjunto do Derex, ressaltou a importância de permitir a empresas de menor porte o acesso às novas ferramentas de comércio exterior. Guilhamat destacou que a Fiesp também trabalha no piloto do Certificado Único de Origem Digital.

Sandra Magnavita, gerente do projeto de exportação do Portal Único na Receita Federal, destacou a importância da participação do setor privado na validação do novo ambiente.

Fonte: Comex do Brasil

Com exportações em alta, balança tem saldo de US$ 39,9 bilhões até 2a. semana de novembro

Na segunda semana de novembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,121 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 3,938 bilhões e importações de US$ 2,817 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 6,144 bilhões e as importações, US$ 4,702 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,442 bilhão. No ano, as exportações totalizam US$ 159,230 bilhões e as importações, US$ 119,264 bilhões, com saldo positivo de US$ 39,966 bilhões.

A média das exportações da segunda semana (US$ 787,6 milhões) ficou 7,1% acima da média da primeira semana (US$ 735,3), principalmente, em função do aumento nas exportações de produtos básicos (+19,4%, por conta de petróleo em bruto, farelo de soja, fumo em folhas, soja em grãos, milho em grãos) e produtos semimanufaturados (+8,9%, em razão de açúcar em bruto, celulose, ferro-ligas). Já as vendas de produtos manufaturados registraram queda (-6,2%, principalmente de automóveis de passageiros, açúcar refinado, autopeças, polímeros plásticos, motores para veículos automóveis e suas partes).

Nas importações, houve retração de 10,4%, sobre igual período comparativo (média da segunda semana, US$ 563,3 milhões sobre a média da primeira semana, US$ 628,5 milhões). Esta queda pode ser explicada, principalmente, pela diminuição dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos eletroeletrônicos, equipamentos mecânicos, veículos automóveis e partes, além de plásticos e obras.

Mês

As exportações tiveram aumento de 11,2% até a segunda semana de novembro (média diária de US$ 768,0 milhões) em comparação com a média de novembro do ano passado (US$ 690,3 milhões). O crescimento é explicado pelo aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (+39,1%, por conta de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, madeira serrada ou fendida, ouro em forma semimanufaturada, borracha sintética e artificial, ferro-ligas e couros e peles) e manufaturados (+14,4%, em razão de tubos flexíveis de ferro e aço, automóveis de passageiros, açúcar refinado, motores e geradores elétricos, veículos de carga, óxidos e hidróxidos de alumínio). A exportação de produtos básicos manteve-se estável. Em relação a outubro de 2016, pela média diária, houve crescimento de 11,9%, explicada pelo aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+25,7%), manufaturados (+15,6%) e básicos (+3,4%).

Nas importações, a média diária até a segunda semana de novembro deste ano (US$ 587,8 milhões) ficou 6,8% abaixo da média de novembro do ano passado (US$ 630,4 milhões). Decresceram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-55,6%), adubos e fertilizantes (-9,9%), instrumentos de ótica e precisão (-8,5%), equipamentos mecânicos (-8,3%) e químicos orgânicos e inorgânicos (-6,3%). Em relação a outubro de 2016, houve crescimento de 3,3%, pelo aumento das compras de adubos e fertilizantes (+37,7%), siderúrgicos (+20,3%), equipamentos eletroeletrônicos (+11,8%), cereais e produtos da indústria de moagem (+9,3%) e plásticos e obras (+8,2%).

Fonte: MDIC

Até outubro, principais produtos do agronegócio representaram 39% das exportações brasileiras

Nos dez primeiros meses de 2016 a balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 38 bilhões com participação decisiva dos 15 principais produtos do agronegócio que representaram 39% das exportações totais brasileiras no período.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que a soja foi o produto do agronegócio com maior participação nas exportações entre janeiro e outubro deste ano, 12% do valor total (US$ 18 bilhões).

Outra participação relevante foi do açúcar em bruto, em segundo lugar no ranking: vendas externas de US$ 6,58 bilhões, 4% do total vendido ao exterior pelo país em 2016.

Os números consolidados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgados nesta semana, mostram que as exportações totais do país foram de US$ 153 bilhões, com importações de US$ 114 bilhões.

Dos produtos do agronegócio, a maior variação nas vendas externas em 2016 foi do açúcar em bruto. Entre janeiro e outubro, as vendas desse segmento tiveram crescimento de 40%, comparadas com igual período do ano passado, um incremento de US$ 1,89 bilhão. A receita total foi US$ 6,58 bilhões.

Já as vendas externas de etanol tiveram aumento de 23% em 2016, em relação a igual período de 2015, somando receita de US$ 827 milhões. A principal razão desse bom desempenho deveu-se à elevação dos preços do etanol no mercado internacional nos últimos meses.

O setor sucroalcooleiro passa por um período de reestruturação após uma das piores crises da história, causada pela queda dos preços internacionais do açúcar e a política de precificação dos combustíveis, que privilegiou a gasolina em detrimento do etanol. Isso gerou aumento dos custos de produção, endividamento das usinas e falta de renovação dos canaviais.

Queda

A CNA observa que, apesar do bom desempenho de algumas cadeias do agronegócio, até outubro deste ano, as exportações brasileiras apresentaram queda para todas as regiões, com exceção do Oriente Médio, onde houve variação positiva de 1%, e da Oceania, que apresentou crescimento de 15%.

China e os Estados Unidos foram os dois países que mais importaram do Brasil. Os chineses compraram US$ 32 bilhões, enquanto os Estados Unidos US$ 18,8 bilhões. Ainda assim, esses valores representam uma redução de 4% e 5% nas compras, respectivamente.

Apesar do saldo positivo da balança comercial em 2016, entre janeiro e outubro, o valor das exportações foi 5% inferior ao obtido no mesmo período de 2015 (US$ 160 bilhões). As importações totais também caíram: 23% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 148 bilhões).

Fonte: CNA

Exportações com drawback totalizam US$ 20,4 bilhões até o mês de julho, segundo dados do MDIC

De janeiro a julho de 2016, as exportações com drawback atingiram US$ 20,4 bilhões, o que representa 19,2% do total exportado no período. No mesmo período, as importações com drawback atingiram US$ 4,1 bilhões, correspondendo a 5,4% do total importado. Quanto às compras de mercado interno, nos sete primeiros meses de 2016, as compras no mercado interno via drawback alcançaram US$ 126,5 milhões, correspondendo a 2,9% do total de insumos comprados via regime. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Em julho, as exportações com drawback suspensão somaram US$ 2,8 bilhões, equivalentes a 17,2% do total exportado no período. As importações atingiram US$ 580,6 milhões, 4,9% do total importado no período. As compras do mercado interno somaram US$ 14,1 milhões, o que representa 2,4% do total de insumo adquiridos ao amparo do drawback suspensão.

No mês de julho de 2016, as exportações com drawback por fator agregado estiveram assim discriminadas: 54% referentes a produtos manufaturados; 21,1% a produtos básicos; e 24,8% a produtos semimanufaturados. Em relação às importações com drawback por fator agregado, 61,6% compuseram-se de manufaturados, 35,2% de produtos básicos e 3,2% de semimanufaturados. As compras no mercado interno com drawback em julho de 2016 corresponderam a 91% de produtos manufaturados, 8,6% de básicos e 0,4% de semimanufaturados;

De acordo com a Pauta de Produtos de Exportação (PPE), os produtos mais exportados utilizando-se o drawback suspensão, em julho de 2016, foram carne de frango congelada, fresca ou refrigerada, incluído miúdos e automóveis de passageiros. Os produtos mais importados, classificados de acordo com a Pauta de Produtos de Importação (PPI) foram minérios de cobre e seus concentrados e hulhas, mesmo em pó, mas não aglomeradas. Para compras no mercado interno, destaca-se coque de petróleo e perfis e fios, de ferro ou aços;

Com relação à agregação de valor no mês de julho de 2016, o índice médio das importações/exportações foi 20,6%, e o índice médio de compras no mercado interno/exportações foi 0,5%;

Em julho de 2016, as reposições de estoques de insumos importados e adquiridos no mercado interno amparadas pelo regime de drawback isenção, cursadas no sistema drawback isenção web, atingiram US$ 124,4 milhões;

No período em questão, 1.013 empresas exportaram ao amparo do drawback suspensão.

Fonte: MDIC

Brasil e Moçambique concluem acordo e podem iniciar ainda este ano comércio de bovinos vivos

O Brasil abriu mais um mercado para as exportações de bovinos destinados à reprodução. É a República de Moçambique, que deve começar a comprar os primeiros lotes de gado brasileiro ainda em 2016. De acordo com estimativas do setor produtivo, o país africano tem potencial para importar até 50 mil animais por ano para essa finalidade.

Por meio de comunicado enviado ao Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar de Moçambique informou que havia aceito o certificado sanitário proposto pelo Brasil.

De acordo com o DSA, Moçambique tem enorme demanda por bovinos com excelente desempenho zootécnico, de aptidão de corte e de leite, capazes de contribuir com o melhoramento de seus rebanhos.

A conclusão do acordo sobre o protocolo sanitário com Moçambique reforça as ações desenvolvidas pelo Mapa para ampliar mercados às exportações de bovinos vivos. Desde 2014, o Departamento de Saúde Animal estabeleceu 14 dos 26 acordos sanitários vigentes para venda de gado vivo.

Veja aqui os acordos firmados para exportação de bovinos e bubalinos brasileiros.

Fonte: Mapa

Exportações de petróleo do Brasil crescem mais de 20%

As exportações brasileiras de petróleo subiram 22 por cento no terceiro trimestre, ante o mesmo período do ano passado, para 11,386 milhões de toneladas, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira, enquanto a produção da commodity no país registra recordes sucessivos.

O forte avanço do trimestre foi impulsionado pelas vendas externas de setembro, que cresceram 42 por cento em relação ao mesmo mês de 2015, para 4,11 milhões de toneladas.

A receita com as vendas externas em setembro acompanhou o aumento das vendas e somou 1,102 bilhão de dólares, alta de 40 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, apesar de os preços terem caído 1,4 por cento na média no período.

O avanço das exportações refletem o aumento expressivo da produção no pré-sal das bacias de Campos e Santos, operadas pela Petrobras em parceria com outras companhias, como a anglo-holandesa Shell.

Os dados de produção de setembro ainda não foram publicados, mas a produção de petróleo no Brasil subiu pelo quinto mês consecutivo em agosto, renovando um recorde mensal de extração pela terceira vez seguida, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A produção de petróleo do Brasil somou em agosto 2,609 milhões de barris por dia (bpd), alta de 1,1 por cento ante julho e avanço de 2,4 por cento ante o mesmo mês de 2015.

O crescimento da produção e das exportações ocorre em meio a uma recente recuperação do preço do petróleo tipo Brent, referência global, que no dia 10/10 fechou a 50,89 dólares por barril, apoiado pelo plano de corte da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Fonte: Exame