Exportação de manga: o que ponderar na escolha do modal?

Exportação de manga: o que ponderar na escolha do modal?

 A preservação das cargas é uma grande preocupação na exportação de manga. Isso porque, além de atender todas as exigências da legislação e logística internacional, as frutas precisam chegar ao destino com máxima qualidade.

Para isso, é importante saber escolher qual o melhor modal para sua produção, já que existem algumas diferenças entre o modal aéreo e marítimo que podem impactar no transporte deste tipo de carga.

Então, listamos ao longo do conteúdo alguns pontos que você deve ficar atento na escolha do modal para exportar manga. Cada um destes detalhes reflete na forma como você colherá bons frutos com os negócios. Acompanhe!

Como está o cenário para exportação de manga?

A exportação de manga esteve bastante aquecida em 2020, segundo retrospectiva da Revista HF Brasil e deve continuar positiva em 2021. Os envios até novembro do ano passado alcançaram recordes que favoreceram a rentabilidade dos negócios.

Confira os resultados obtidos em 2020, apresentados pela publicação:

  • Receita com exportações de US$ 214 milhões (de janeiro a novembro);
  • Volume de 211 toneladas exportadas em 2020, maior valor já registrado pelo Secex;
  • Aumento de 6,3% da área nacional plantada de 2019 para 2020.

A valorização do dólar frente ao real atraiu o aumento dos embarques e beneficiou as exportações.

Vale ressaltar que, devido à pandemia, países concorrentes como Espanha, Costa do Marfim e outros da África, tiveram queda de produção e problemas de abastecimento, que também refletiu no aumento das exportações de manga brasileira.

abrafrutas

FONTE: Abrafrutas

O que avaliar em cada modal ao exportar manga?

Mesmo tratando-se de um ano atípico, como observado pela Abrafrutas, mencionado no Portal Notícias Agrícolas, em 2020 os produtores de manga e outras culturas reformularam processos e souberam aproveitar as oportunidades do setor.

Para isso, cada negócio escolhe um modal de sua preferência, que atenda às exigências de cada produção ao realizar a exportação de manga.

Já abordamos alguns cuidados bastante relevantes que você deve ter com a exportação de manga e outras frutas aqui no blog, principalmente ao exportar para a Europa, um dos maiores compradores do mercado nacional.

Isso porque, o transporte deste alimento perecível ocorre de diversas formas, entretanto, cada uma delas exige detalhes específicos e atende a diferentes exigências de prazos, por exemplo.

Você sabe qual dos modais melhor atende às suas necessidades? Acompanhe os pontos de atenção que podem contribuir com suas decisões a seguir!

soluções completas para exportação de mangas

Modal aéreo

Como lembrado pelo Portal Notícias Agrícolas, no ano passado a exportação de manga enfrentou o problema de cancelamento de voos, devido a pandemia.

Entretanto, com a normalização desta situação, o modal aéreo é uma opção bastante relevante para este transporte, principalmente para quem precisa de mais agilidade para atender prazos menores.

No conteúdo “Manga para Exportação“, compartilhado pela Embrapa, são listados os principais pontos técnicos da exportação de manga pelo modal aéreo.

Uma das principais vantagens destacadas é o tempo reduzido de entrega, uma vez que o modal aéreo permite que a produção chegue ao destino final em questão de horas (cerca de 14h, variando de acordo com o país).

Assim, a preocupação com a conservação é menor, pois os processos são mais rápidos. Porém, os custos com o modal aéreo costumam ser mais altos que o marítimo, o que acaba refletindo nos preços das prateleiras.

Além disso, durante o transporte aéreo, a temperatura pode ser melhor controlada nos compartimentos. Porque, segundo o conteúdo citado acima, os aviões apresentam capacidade de manter os níveis de temperatura de 7°C a 25°C. E ainda é possível renovar até 40m³ de ar fresco por minuto.

Porém, deve-se considerar também que a pressão atmosférica dos voos causa aumento de cerca de 20% na taxa de perda de água das frutas em relação ao transporte no nível do mar. Desta forma, é preciso investir em embalagens que ajudem a evitar esta perda para melhor conservação das frutas.

Modal marítimo

Este é o mais usado para exportação de manga e vamos explicar o porquê. Para começar, saiba que 90% da produção nacional é transportada por meio do modal marítimo, conforme explica o material “Manga Pós-Colheita“, também da Embrapa.

Logo, nesta modalidade, o carregamento dos contêineres com capacidade de 20 pallets ocorrerá com muita agilidade, e também em local específico para este transporte. E a temperatura comum para o envio por navios deve ser de 8°C a 13°C, para não acelerar a maturação.

Além disso, assim como no modal aéreo, durante o transporte marítimo é imprescindível a renovação do ar dos contêineres, para manter a preservação.

Também deve-se considerar o uso de contêineres tipos Reefer (com sistema de refrigeração instalado no próprio contêiner e acionamento elétrico ou por motor a combustão) e Con-Air (sistema de refrigeração instalado fora do contêiner). Pois, nestas condições, a renovação de ar ocorre a cada 24 horas, aproximadamente.

Exportação de manga: o que ponderar na escolha do modal?

A exportação de manga pode ocorrer de diversas formas, entretanto, cada modal exige detalhes específicos

Conte com as soluções completas da DC para exportação de manga

Logo, se hoje o Brasil é um dos maiores mercados exportadores de manga, é porque existem muitos processos ocorrendo com máxima eficiência para isso acontecer.

Neste sentido, a escolha do parceiro logístico é muito importante. Pois atender aos cuidados listados garante a integridade da produção. Pois, desta maneira, eles fazem a diferença na entrega ao destino final.

Portanto, quem escolhe trabalhar com as soluções completas da DC Logistics Brasil, sabe que pode contar com vantagens como estas na exportação de manga:

  • Operações simplificadas, eficientes e com muita agilidade;
  • Profissionais experientes e capacitados para lidar com todos os requisitos que uma operação de mercadoria perecível, como essa, exige;
  • Follow up claro, transparente, objetivo e flexível de acordo com as necessidades de cada cliente;
  • Rede de networking logístico diferenciada;
  • Embarques consolidados regulares que proporcionam o melhor transit time com o menor custo.

Quer saber mais? Então solicite aqui sua cotação personalizada para descobrir como nosso know-how reflete na qualidade e segurança logística que a sua produção merece!

 

FONTES:

Revista HF Brasil – https://www.hfbrasil.org.br/br/revista/acessar/completo/retrospectiva-2020-perspectivas-2021.aspx

Abrafrutas – https://abrafrutas.org/2021/04/dados-de-exportacao-1a-bimestre-2021/

Notícias Agrícolas – https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/hortifruti/278400-em-ano-de-pandemia-e-isolamento-social-exportacoes-de-frutas-cresce-6-em-volume.html#.YH7OQ-hKjIV

DC Logistics Brasil – https://dclogisticsbrasil.com/tag/exportacao-de-frutas/

“Manga para Exportação – Aspectos de Colheita e Pós-Colheita”, Embrapa – https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/185568/1/Manga-para-exportacao-procedimentos.pdf

“Manga Pós-Colheita”, Embrapa – http://www.frutvasf.univasf.edu.br/images/mangaposcolheita.pdf

 

Aquicultura brasileira cresce 123% em dez anos, revela estudo realizado pela Embrapa Pesca

Chegada de novas empresas, rápida profissionalização e intensificação tecnológica foram alguns dos fatores observados na aquicultura brasileira, que teve crescimento de 123% entre 2005 e 2015, passando de 257 mil para 574 mil toneladas de pescado nesse período. É o que mostra estudo realizado pelos pesquisadores Manoel Pedroza, Andrea Muñoz, Roberto Flores e Eric Routledge, da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), e apresentado na conferência deste ano do International Institute of Fisheries Economics and Trade (IIFET), em Aberdeen, Escócia.

O trabalho chama a atenção porque o setor, dedicado à produção de seres aquáticos como peixes e crustáceos, costumava ser caracterizado no Brasil por empreendimentos de pequeno porte, sistemas extensivos de produção e baixo nível tecnológico, com exceção da produção de camarões no Nordeste, a carcinicultura.

Pedroza associa essas mudanças ao aumento da demanda por pescado no mercado nacional, que registrou taxas de crescimento anuais superiores a 10% no mesmo período. No entanto, o estudo detectou que a recente crise econômica nacional também repercutiu no crescimento do setor em 2015, o qual cresceu apenas 2% com relação a 2014, passando de 563 mil para 574 mil toneladas.

O bom desempenho da aquicultura brasileira despertou o interesse de importantes instituições financeiras como o banco holandês Rabobank, maior financiador mundial do setor agrícola. A instituição holandesa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) consideram o Brasil um importante ator da aquicultura mundial, situando-o em patamar semelhante ao de países com tradição no setor como Chile, Vietnã e Noruega. Atualmente, o Brasil registra a 14ª maior produção aquícola do mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Fome (FAO).

Investimentos

Os pesquisadores registraram a entrada de empreendimentos privados de maior porte na cadeia brasileira da aquicultura. O município de Selvíria, em Mato Grosso do Sul, recebeu um investimento de R$ 160 milhões em um complexo que incluiu fábrica de ração, alevinagem, engorda e processamento de tilápia.

Em Tocantinópolis (TO), houve construção de fábrica de ração e viveiros de engorda para a cadeia de tambaqui e pintado, mesmas espécies produzidas em Sorriso (MT), onde foram investidos R$ 22 milhões para a instalação de frigorífico e fábrica de ração para peixes. A cidade de Almas, no Tocantins, já conhecida como polo aquícola do estado, recebeu instalações para engorda e processamento de tambaqui, pintado, matrinxã, piau, curimba e pirarucu.

Pedroza destacou também a recente fusão de duas grandes empresas brasileiras de processamento de pescado, a Geneseas e a DellMare.

Anunciada no último dia 18 de novembro, a nova companhia é vinculada a um fundo de investimento focado no agronegócio e produzirá 12 mil toneladas de tilápia por ano e três mil toneladas de camarão vannamei (Litopenaeus vannamei). “Esse é mais um sinal da força e maturidade desse setor no Brasil, que começa a contar com grandes players, a exemplo do que já ocorre com a cadeia produtiva da avicultura”, compara o especialista.

O estudo identificou também aumento no preço da ração e estabilização no preço do pescado no país no período analisado. “Caso o aumento da produção aquícola nacional continue no ritmo de 10% ao ano, é de se esperar que essa tendência de estabilização dos preços do pescado se mantenha, ao menos no curto e médio prazos”, acredita o pesquisador Manoel Pedroza. Para ele, o preço competitivo do produto importado representa uma forte pressão para manter o pescado brasileiro com preços competitivos.

Além dos investimentos privados, o aumento na escala de produção tem sido provocado também pela organização dos produtores. Os pesquisadores observaram a formação de organizações como cooperativas, associações e modelos produtivos alternativos como o condomínio de piscicultura, que dilui custos importantes.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2015, a produção de peixes de água doce é a principal categoria dentro da aquicultura brasileira respondendo por 84% da produção aquícola do país. A aquicultura marinha responde por apenas 16% da produção total, sendo composta pela carcinicultura (12%) e pela produção de ostras, vieiras e mexilhões (4%).

Entre as espécies de peixe, a tilápia (Oreochromis niloticus) e o tambaqui (Colossoma macropomum) respondem por 62% da produção nacional, de acordo com dados coletados pelo IBGE, em 2016.

Tecnologia

Os pesquisadores comparam o desenvolvimento da aquicultura ao que ocorreu na cadeia de produção da avicultura nacional, que elevou seu patamar tecnológico e hoje é uma das principais pautas da carteira de exportações do Brasil. O maior emprego tecnológico ocorreu, de acordo com a pesquisa, na cadeia produtiva do peixe mais produzido no Brasil, a tílápia, que responde por 38% da produção nacional. “Originária da África, a tilápia-do-nilo é produzida em vários países e possui pacote tecnológico bastante avançado”, conta a economista Andrea Muñoz, pesquisadora da Embrapa que participou do estudo.

Boa parte dessas informações foi obtida por meio de painéis nos principais polos produtores de tilápia no Brasil: Paraná, Ceará, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais. Essas atividades foram realizadas por meio do Projeto Campo Futuro da Aquicultura, coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, que detectou a intensificação de tecnologias, como os aeradores em viveiros que permitem maior densidade de cultivo; o alimentador automático, que reduz custos de mão de obra e aumenta a precisão na dosagem de rações e a despesca automática.

Outra tecnologia encontrada pelo projeto foi o emprego de programas de melhoramento genético da tilápia, que permitiu avanços de conversão alimentar a qual diz respeito à relação de ganho de peso com a quantidade de ração consumida. O melhoramento também é capaz de reduzir o ciclo de produção e proporcionar animais com maior rendimento de filé.

“Por se tratar de uma espécie exótica produzida há décadas em diversos países, e cujo pacote tecnológico está relativamente bem desenvolvido, a tilápia apresenta indicadores zootécnicos bem superiores comparados aos do tambaqui, que ainda conta com um nível tecnológico limitado,” diz a pesquisadora.

O trabalho mostra que a biodiversidade da fauna aquática brasileira é, ao mesmo tempo, vantagem competitiva e gargalo ao desenvolvimento para a inovação tecnológica. “Isso acontece porque cada espécie de peixe apresenta diferentes demandas, o que leva à priorização de poucas espécies a serem desenvolvidas. Essa característica é encontrada em grandes países piscicultores como Noruega, Chile, China e Vietnã”, esclarece o pesquisador Manoel Pedroza.

Outro grande desafio para a pesquisa aquícola no Brasil é desenvolver soluções que abordem a diversidade climática encontrada nos cultivos, uma vez que a piscicultura é praticada em todos os estados brasileiros.

O estudo considera ainda o pirarucu (Arapaima gigas) uma das mais promissoras espécies de peixe do Brasil. Apesar de ser muito apreciado e apresentar bom rendimento, os pesquisadores lembram que há grandes desafios que comprometem a estruturação de sua cadeia produtiva.

Entre os obstáculos mais críticos, está o baixo domínio de sua reprodução em cativeiro e a oferta irregular de alevinos (animal jovem), o que faz o preço desse insumo representar quase 25% do custo operacional efetivo da atividade. Em uma comparação, alevinos de tambaqui representam apenas 1,6% dess e mesmo custo.

“Quando os desafios tecnológicos relacionados à reprodução forem superados, consequentemente haverá maior disponibilidade de alevinos e o custo desse insumo cairá, melhorando a viabilidade econômica do cultivo do pirarucu”, acredita Pedroza.

(*) Com informações do Mapa

Produção de carne totaliza 9,2 milhões de toneladas e aumenta 45% no Brasil em 15 anos

O Brasil continua despontando como grande fornecedor de proteína animal para o mundo, com ganhos de produtividade no campo. Estudos revelam que, no período de 2000 a 2015, a produção de carne teve incremento de 45%, enquanto o rebanho bovino de corte cresceu 25%.

O Brasil tem cerca de 214 milhões de cabeças de gado, o maior rebanho comercial bovino do mundo. Em 2015, a produção foi de 9,2 milhões de toneladas de carne.

Análise da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostra que o principal fator para o aumento da produção foram os ganhos de rendimento, decorrentes dos resultados da modernização da pecuária brasileira, considerada competitiva e sustentável.

Para o coordenador-geral para Assuntos da Pecuária da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Salomão, a utilização de genética avançada, manejo de pastagem e a qualificação do pecuarista brasileiro foram os grandes responsáveis pelos ganhos do setor. Estão sendo abatidos animais mais pesados e precoces.

No último Plano Agrícola e Pecuário foram criadas linhas específicas para o estímulo ao confinamento, recuperação de pastagens e aquisição de matrizes e reprodutores de genética comprovada, focadas em ganhos de produtividade e que estão a disposição dos pecuaristas.

Fonte: Mapa

Exportação total de carne bovina cresce 25% em fevereiro

A exportação brasileira de carne bovina in natura e processada cresceu 25% em fevereiro ante o mesmo mês de 2015, para 123.129 toneladas.

Em fevereiro de 2015 foram 98.149 toneladas. A receita cambial foi de US$ 477,2 milhões, avanço de 11% na mesma comparação.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

No acumulado do primeiro bimestre do ano, as exportações somam 220.472 toneladas e a receita US$ 844,4 milhões, com crescimento de 13% na quantidade e queda de 1% na obtenção de divisas.

“Sem dúvida, é uma retomada da movimentação acima de 100 mil toneladas mensais que registramos em 2014 e que poderá crescer ainda mais com as importações de novos mercados como os Estados Unidos e de outros que voltaram a adquirir a carne brasileira como a Arábia Saudita”, disse em nota o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar.

Entre os 20 maiores clientes da carne bovina brasileira apresentaram crescimento significativo nas importações do bimestre a Rússia (13,2% com 24 mil toneladas), Chile (56,1% com 11.753 toneladas), Irã (80,8% e 11.898 toneladas), Alemanha (42,9% e 1.663 toneladas), Reino Unido 17% e 4.807 toneladas) e Filipinas 14,4% e 2.717 toneladas).

Fonte: Exame