Porto de Santos bate novo recorde de movimentação

O Porto de Santos registrou um novo recorde de movimentação de cargas no mês passado, com o embarque ou o desembarque de 9,75 milhões de toneladas. Esse foi o melhor resultado para abril nos 124 anos da história do complexo marítimo e, também, o quarto recorde mensal batido pelo cais santista neste exercício.

O total é 3,1% maior do que o verificado no mesmo mês do ano passado. Considerando o acumulado de 2016, o primeiro quadrimestre alcançou a marca de 37,51 milhões de toneladas, 4,7% a mais do que em 2015.

Os números integram o balanço operacional de abril do Porto de Santos, divulgado na manhã de ontem pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária.

Conforme o levantamento, o crescimento na movimentação do mês se deve ao aumento nas exportações, principalmente de açúcar e do complexo soja (grãos e farelo). Os embarques de soja responderam por 40,4% da tonelagem verificada em abril, chegando a 3,94 milhões de toneladas, alta de 19,6%. Já o açúcar totalizou 893,8 mil toneladas exportadas, 14,9% a mais do que no quarto mês de 2015.

O terceiro produto de maior operação foi a celulose, com 294,6 mil toneladas, com um aumento de 12% em relação ao ano passado.

Com esse desempenho, as exportações cresceram 8,8%, somando 7,42 milhões de toneladas. Foi o maior resultado para um mês do primeiro semestre.

Em contrapartida, as importações registraram 2,32 milhões de toneladas, uma queda de 11,8%. O produto com maior participação foi o adubo, com 171,9 mil toneladas movimentadas, um crescimento de 50,1% em relação a abril do ano passado. O enxofre foi a segunda mercadoria em movimentação, com 115,8 mil toneladas (queda de 23,8%). O terceiro produto mais importado foi o trigo, que registrou uma alta de 152%, somando 105,2 mil toneladas desembarcadas nos terminais da região.

Quadrimestre

No acumulado do ano, as exportações chegaram a 28,2 milhões de toneladas, 12,8% a mais do que no primeiro quadrimestre de 2015. A alta, mais uma vez, é resultado dos embarques do complexo soja (10,89 milhões de toneladas, 27,3% de aumento) e do açúcar (4,3 milhões de toneladas, 4% de expansão). O milho (2,21 milhões de toneladas, 183,1% de acréscimo) também teve destaque no período.

As importações somaram 9,31 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses do ano, uma queda de 14% em relação a 2015. O adubo se manteve como o produto com maior movimentação no quadrimestre, com 725 mil toneladas e crescimento de 52,2%. Em seguida, ficou o enxofre, com 441,6 mil toneladas, um recuo de 31,2%

Contêineres

Enquanto as exportações de commodities pelo Porto de Santos cresceram nos primeiros quatro meses do ano, as operações de contêineres recuaram 7%, totalizando 12,03 milhões de toneladas. O cenário piora se a avaliação for feita em TEU (Twenty-feet Equivalent Unity ou, na tradução livre do inglês, unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). A diminuição foi ainda maior, chegando a 9,1%, com um resultado de 1,08 milhão de TEU.

Fonte: A TRIBUNA ONLINE/LEOPOLDO FIGUEIREDO

Porto de Itajaí terá que mudar cláusula de contrato da Marina de Itajaí

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deu prazo de 60 dias para que o Porto de Itajaí retire do contrato de concessão da Marina Itajaí a cláusula que prevê o uso de recursos públicos para a dragagem da Baía Afonso Wippel, no Saco da Fazenda, onde foi erguido o empreendimento.

A notificação também determina que seja excluída do acordo a possibilidade de qualquer aporte financeiro para dragagem, e que sejam restituídos aos cofres públicos os R$ 3,5 milhões gastos com o desassoreamento durante a obra — pagos pelo porto em convênio com a prefeitura de Itajaí. A multa, em caso de descumprimento, pode chegar a R$ 1 milhão.

A Antaq já havia alertado o porto sobre a irregularidade da cláusula em 2012, época em que foi lançado o edital de concessão. Apesar disso, o item foi mantido tanto no edital, quanto no contrato.

No processo, o porto argumentou que a dragagem do Saco da Fazenda deveria ser de responsabilidade pública porque tem grande valor para a comunidade de Itajaí e demanda acompanhamento ambiental.

O problema é que, no entendimento da Antaq, não é correto usar recursos do porto para financiar uma obra que beneficiará uma área concedida à iniciativa privada.

Não é a primeira vez que a dragagem provoca dor de cabeça à prefeitura e ao Porto de Itajaí. No ano passado, a transferência de R$ 2 milhões que seriam usados em obras de mobilidade, para dragar o Saco da Fazenda, já tinha sido alvo de questionamentos na Câmara de Vereadores — mas a proposta acabou aprovada.

A superintendência do Porto de Itajaí não havia comentado o caso até a noite de sexta-feira.

Os problemas entre o Porto de Itajaí e a Antaq só reforçam as relações já estremecidas entre a autarquia e o órgão federal. No ano passado, a Antaq enviou um parecer à Secretaria Especial de Portos (SEP) em que recomenda a devolução do porto, que é municipalizado, à gestão da União.

Esta semana a superintendência do Porto de Itajaí comentou o outro processo relacionado à marina que corre na Antaq, por suspeita de renúncia de receitas (cada barco atracado na marina paga R$ 9,15 o mês para o porto, independente do tamanho).

Afirmou que o modelo de outorga foi acompanhado desde o início pela própria Antaq, e que a análise dos valores por barco é “descolada do conjunto”. O consórcio encabeçado pela empresa Viseu, que construiu e opera a marina, investiu cerca de
R$ 30 milhões na estrutura.

Fonte: O SOL DIÁRIO/DAGMARA SPAUTZ

.

Porto Pontal é o mais novo terminal portuário privado do Paraná

Desenvolvimento social, econômico e geração de empregos. O mais novo terminal portuário privado do Brasil pretende trazer uma série de benefícios para o todo o país, além de funcionar como um indutor mercantil, aproximando o Paraná das grandes rotas mundiais de comércio. Com investimento aproximado de R$ 1,5 bilhão, o Terminal Portuário Porto Pontal irá ocupar um espaço de mais de 600 mil m² – e contará com um pátio de 450 mil m², o que constitui a maior área para depósito de contêineres do país.

Porto Pontal será também um dos terminais mais modernos da América Latina e o primeiro do país a operar sobre trilhos. Enquanto os demais portos do país utilizam o sistema RTG (rubber tyre gantry), o de Pontal – a exemplo dos grandes portos europeus, como o Rotterdam Gateway, oAntwerp Gateway e o Euromax Terminal Rotterdam – vai ser equipado com RMG (rail mounted gantry), guindastes de pórtico montados sobre trilhos, tendência mundial por sua eficiência e segurança. Para atender o maior produtor e exportador de frangos do país – segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), de janeiro a maio deste ano o Paraná exportou mais de 550 mil toneladas de frangos – o novo porto terá 5 mil tomadas reefer, essencial para abrigar contêineres refrigerados. “Além de toda tecnologia e dos equipamentos de ponta integrados com todo o sistema operacional, o impacto ambiental de Pontal também será menor, já que os contêineres são a forma mais limpa, segura e eficiente de transporte”, explica Ricardo Bueno Salcedo, diretor do Porto Pontal.

Em 2014, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos brasileiros movimentaram 969 milhões de toneladas. Deste total, 621 milhões, que correspondem a 64%, passaram pelos terminais privados. Para suprir a demanda e proporcionar mais competitividade à produção local e nacional, Porto Pontal irá ampliar em 55% a capacidade portuária do Paraná, que passaria de 45 para 70 milhões de toneladas. “Enquanto, nos últimos oito anos, Santa Catarina recebeu três novos terminais – em Navegantes, Itapoá e Imbituba – o Paraná permaneceu estagnado. O novo porto vem para tornar este cenário mais dinâmico e para contribuir com o desenvolvimento econômico e social da região”, afirma Salcedo. O estado é o único de todo o Brasil que possui apenas um terminal de contêineres e Porto Pontal surge para, juntamente com Paranaguá, oferecer uma gama maior de serviços e atrair mais cargas para estado, fortalecendo-o como um importante polo portuário.

Situado na entrada da Baía de Paranaguá, região conhecida como Ponta do Poço, o porto de Pontal fica a uma distância de 23 quilômetros do alto-mar. Sua localização privilegiada e estratégica para o Mercosul gera uma economia de mais de uma hora para atracação em relação ao Porto de Paranaguá. Com cais de mil metros e três berços para atracação simultânea de navios, a profundidade permanente do calado é de 16 metros, mais do que o suficiente para abrigar grandes embarcações.

A primeira etapa da obra do Porto Pontal, com finalização prevista para o segundo semestre de 2017, vai envolver a implantação de dois terços da estrutura total do terminal e possibilitar a movimentação de 700 mil TEUs (Twenty Foot Equivalent Unit – refere-se à Unidade Equivalente de Transporte, que possui um tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés). Operando integralmente, sua capacidade máxima de movimentação será de 2 milhões de TEUs, com 56 RMG, 10 portêineres e 80 terminal tractors. “Será um grande avanço no setor portuário. Mesmo com as dificuldades que o Brasil enfrenta, Porto Pontal simboliza a confiança que temos no futuro do país”, garante o diretor do Porto Pontal.

O Terminal Portuário Porto Pontal prevê ainda a geração de mais de 7 mil empregos – diretos e indiretos – e a implantação de uma série de projetos socioambientais para trabalhadores do porto e para a população de Pontal, como creche no terminal, programas de gestão e educação ambiental, além de capacitação profissional.

Fonte: Portos e Navios

Tecnologias podem reduzir emissão de poluentes no Porto

Principal complexo marítimo do País e responsável pelo escoamento da maior parte do agronegócio nacional, o Porto de Santos bate recordes a cada ano e gera divisas para o Brasil e as cidades que o abrigam. Mas, com a movimentação de cargas, surgem também os transtornos causados pelas operações.

Poluição atmosférica, sujeira e forte odor incomodam e causam doenças em moradores de bairros próximos ao cais santista. Entretanto, existem equipamentos especiais que podem minimizar esses impactos. A tecnologia, que tem se aperfeiçoado nos últimos anos, está disponível e alguns terminais prometem se adequar.

No ano passado, 57.087.478 toneladas de granéis sólidos de origem vegetal foram movimentadas no Porto de Santos. Cargas como soja, milho, açúcar e trigos e encaixam nesta denominação. Só nos primeiros nove meses deste ano (os que já foram contabilizados pela Codesp, a Autoridade Portuária), o volume chegou a 39.965.478 toneladas de grãos.

Na Margem Direita (Santos), a maior parte dessas cargas é escoada por terminais próximos a bairros residenciais, como a Ponta da Praia, o Estuário e o Macuco. Para essa parte da população, tanto o transporte das mercadorias (o trânsito de caminhões) como a armazenagem e as operações de embarque e desembarque se tornam um tormento.

Segundo o engenheiro ambiental e de Segurança do Trabalho Alexandre Colin Gomes Filho, da Ambiens, consultoria especializada que atua no Porto de Paranaguá (PR), é possível minimizar os impactos e resolver o problema. Basta instalar equipamentos capazes de conter as emissões de partícula se odores.

“As atividades desenvolvidas nos portos podem resultar em diferentes tipos de emissões para a atmosfera, na forma particulada, gasosa ou de vapor, que se devem à carga e à descarga de navios, à estocagem em pátios e armazéns, à movimentação de veículos e às atividades de apoio”,explicou.

Conforme Gomes Filho, os padrões de emissão e da qualidade do ar são os fatores que devem nortear o controle das atividades portuárias. Esses índices são registrados pela Cetesb, que mede a quantidade de micropartículas por metro cúbico de ar. Os resultados obtidos vão de zero, que indica boa qualidade do ar, até 200, para casos considerados péssimos.

A fim de reduzir os impactos das operações portuárias no ar, uma boa alternativa, segundo o
especialista, é a instalação de precipitadores eletrostáticos, filtros de mangas e lavadores. Mas, para operações 100% limpas, é necessário o enclausuramento das esteiras transportadoras e a limpeza contínua de
pátios e armazéns.

A implantação de shiploaders (carregadores de navios), com sistemas de aspiração de grãos, e filtros em armazéns são outras opções para evitar as emissões de partículas suspensas.

PRECIPITADORES

Os métodos utilizados para conter os poluentes atmosféricos são baseados em duas concepções, explica o engenheiro ambiental. “Há o controle dos processos que geram as emissões e, ainda, equipamentos que impedem ou reduzem o lançamento das emissões na atmosfera ou a concentração de determinado poluente na emissão. Uma análise criteriosa de custo-benefício deve ser feita para a escolha da melhor alternativa, pois, em certos casos, pode não ser necessária a implantação de processos e equipamentos mais complexos, com necessidades operacionais e custos de manutenção mais elevados”, disse.

Precipitadores eletrostáticos são equipamentos de controle de poluição bastante utilizados em fábricas que emitem gases e partículas poluidoras à atmosfera.Eles podem ser molhados ou secos. O primeiro tipo recupera partículas úmidas. Já o segundo é empregado para remover partículas secas, como poeira, cinzas e pequenos grãos.

O processo de extração dos poluentes começa com uma ionização do ar, no qual as partículas são eletrostaticamente carregadas. Os mecanismos de coleta ontidos nas laterais do precipitadoras atraem e as neutralizam, antes de serem liberadas para um funil. Finalmente, um transportador leva o material para a área de descarte, onde terão o tratamento adequado.

FILTROS DE MANGAS

Outro equipamento citado pelo especialista é o filtro de manga, que separa as partículas através da passagem do ar. As impurezas são retidas nos poros dos fios e na superfície do filtro.

Com o tempo, o acúmulo de substâncias retidas cria uma barreira que também atua como meio filtrante, porém, deve se ter o cuidado de manter o filtro sempre limpo. Gomes Filho também aponta o uso de lavadores tipo Venturi, para evitar a propagação de partículas de correntes da atividade portuária. Trata-se de um equipamento que remove esse material e absorve gases, reduzindo odores decorrentes da armazenagem dos grãos.

O lavador utiliza um líquido que é atomizado e forma gotas que atuam na coleta de partículas. Tudo é feito com um gás que corre em alta velocidade pelos tubos do equipamento.

Além da instalação desses aparelhos, também são necessários procedimentos especiais para reduzir as emissões de partículas durante as operações portuárias.

Fonte: A Tribuna

Brasil exporta volume recorde de café em outubro, diz Secex

O Brasil exportou um volume recorde de café verde em outubro, com negócios favorecidos pelas boas cotações do produto no mercado internacional, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira.

O país embarcou 3,09 milhões de sacas no mês passado, superando a marca histórica anterior, de 3,08 milhões de sacas registrada em outubro de 2010.

Em setembro de 2014, o volume exportado foi de 2,76 milhões de sacas, e em outubro de 2013, de 2,92 milhões de sacas.

O recorde do maior exportador global de café ocorreu em um mês em que as cotações do produto registraram a máxima de mais de dois anos e meio na bolsa de Nova York, impulsionadas por preocupações quanto à qualidade e o volume da safra do Brasil em 2014 e em 2015, após longos períodos recentes de seca nas regiões produtoras do país.

“O câmbio ainda não afetou os embarques, mas com certeza os preços de Nova York foram o fator que mais ajudou. Temos um estoque de passagem alto. Os produtores têm capacidade de vender esse café”, avaliou o diretor comercial da Exportadora de Café Guaxupé, João Carlos Hopp Júnior, em Minas Gerais.

O dólar registrou em outubro o maior patamar em vários anos.

“Teoricamente, se o dólar se fortaleceu em relação ao real, significa mais reais para pagar a quem produz o café. Mas aí fica uma disputa para quem vai ficar com essa diferença (entre agricultor, exportador e comprador internacional)”, disse o diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes Jr., especializado em corretagem de café, em Santos (SP).

Com a colheita do café arábica encerrada, outubro tem sido, em anos recentes, o mês de maiores embarques do Brasil, segundo dados históricos da Secex analisados pela Reuters.

“Ainda vamos ter três meses de bons embarques, até porque normalmente seria o período de maiores exportações”, lembrou Hopp Júnior.

Neste período, segundo ele, será possível “auditar” o tamanho da safra brasileira em 2014 –da qual as estimativas do mercado e de produtores variaram bastante–, cruzando-se o volume embarcado e os estoques mantidos no país, antes do início da colheita de 2015.

Para Carvalhaes, a safra do próximo ano ainda é muito incerta, após vários meses de déficit hídrico nas lavouras em 2014.

“Essa geração nunca enfrentou uma seca como essa. Todos esperam chegar janeiro, para ver o que vai acontecer”, disse.

Fonte: Exame

Camex aprova novas medidas de tarifa antidumping

Os tubos de aço da China e ímãs de ferrite da China e da Coreia do Sul já pagam mais para entrar no Brasil. A Camex (Câmara de Comércio Exterior) aprovou no final da semana passada a resolução que introduz tarifa antidumping para esses produtos.
Para os tubos de aço, a tarifa será aplicada em caráter definitivo para peças sem costura e com diâmetro externo entre 3 e 141,3 milímetros. A tonelada pagará US$ 908,59 para entrar no Brasil. Os tubos de aço sem costura são usados principalmente na fabricação de anéis internos e externos e na produção de rolamentos.

Em outra resolução, a Camex aplicou tarifa antidumping para ímãs de ferrite em forma de arco procedentes da China e da Coreia do Sul. As peças importadas da China pagarão de US$ 599,02 a US$ 3.044,34 por tonelada para entrar no país, dependendo da empresa produtora. No caso da Coreia do Sul, a tarifa variará de US$ 190,64 a US$ 2.214,90 por tonelada conforme a empresa. Apenas uma empresa coreana se livrou da tarifa antidumping.

A Camex também alterou o Imposto de Importação de dois insumos para a indústria. O cloreto de hexadimetrina, usado em produtos de higiene pessoal, teve a tarifa reduzida de 14% para 2%. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a redução foi necessária porque o produto não é fabricado no Brasil.

O órgão tornou definitiva o Imposto de Importação de 2% para a adiponitrila, componente empregado na fabricação de roupas íntimas, de banho e de vestuário esportivo. Anteriormente, a alíquota correspondia a 12% e tinha sido reduzida para 2% em abril deste ano por causa da inexistência de produção do Mercosul.

Fonte: Guia Marítimo

Porto Itapoá apresenta bom desempenho em 2014

O Porto Itapoá foi eleito a segunda melhor empresa do Brasil em gestão de pessoas, na categoria das organizações que têm entre 501 a mil colaboradores, e o único terminal do país a figurar entre os melhores neste quesito, de acordo com pesquisa realizada pelo jornal Valor Econômico em conjunto com a Consultoria AON Hewiit.

O ano de 2014 vem sendo de grandes conquistas para o Porto Itapoá. Em agosto, pesquisa realizada pelo Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain) entre os usuários de terminais portuários apontou o porto como o de melhor desempenho do Brasil. Agora, em outubro, uma pesquisa realizada pelo Valor Econômico e a Consultoria AON Hewiit, classificou o complexo como a segunda melhor empresa do Brasil em gestão de pessoas na categoria das organizações que têm entre 501 a mil colaboradores.

Para o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, um fator explica a boa atuação do terminal: as pessoas.“São as pessoas que geram valor para o nosso negócio. Ser o melhor na visão dos clientes só é possível porque investimos da mesma forma para sermos os melhores na visão de nossos colaboradores”, diz.

Para o próximo ano, o complexo deve iniciar a execução de seu projeto de expansão. No momento, o terminal possui capacidade para movimentar 500 mil Teus por ano. Em 2013 e 2014 a movimentação média do porto ficou em torno de 480 mil Teus/ano. Com a expansão, a capacidade deve ser quadriplicada para 2 milhões de Teus/ano.

Fonte: Guia Marítimo

Produtores do Rio Grande do Sul se rendem aos silos

Junto com a disseminação da soja na Metade Sul do Estado também ganha espaço um novo tipo de produtor. Mais prevenido e de olho em potenciais rendas associadas à estrutura de armazenagem de grãos. Casos como o do bageense Delmar Salton Junior são cada vez mais comuns. Além de ampliar áreas para a oleaginosa, Salton “planta” silos para guardar a própria safra e atender à demanda de outros produtores na região. Financiamentos mais baratos lastreados em recursos do Tesouro Nacional, repassados pelo Bndes, ou da carteira dos bancos impulsionam a aquisição.

A Superintendência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que os novos empreendimentos e a ampliação de existentes pode ter elevado em 20% a capacidade estática de estocagem no Estado. Os dados até 2013 da Conab apontam capacidade para guardar 27,3 milhões de toneladas de grãos, o que indicava déficit de 2,2 milhões de toneladas ante colheita de mais de 29 milhões de toneladas (safra 2013/2014). 

O superintendente regional da estatal, Glauto Melo Junior, espera ter até o fim de outubro novo censo da estrutura instalada, mas acredita que os novos investimentos garantem hoje oferta maior que a safra. “O problema é que a distribuição é desigual entre as regiões”, pondera Melo.

Na região de Bagé, o avanço da armazenagem mudou a fisionomia do Pampa. Nas coxilhas, silos metálicos novos se erguem, e demarcam o horizonte em dias ensolarados. A prefeitura da cidade emitiu 15 novas licenças de operação a silos e armazéns entre 2013 e setembro deste ano. Também há mais cinco licenças prévias em andamento. 

Salton começou a investir em 2010, com silo pequeno. Em 2013, o produtor retirou R$ 5,5 milhões do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com juros de 3,5% ao ano, e aumentou a mais de 50 mil toneladas a capacidade. “Focamos em armazenar soja, com giro que pode elevar em 3,5 a capacidade no ano”, cita o bageense, devido ao fluxo de exportação. “Agricultores viviam reclamando que tinham de mandar ao porto, agora não precisam mais”, avisa Salton.

No campo, a soja já soma 750 hectares e tira espaço da pecuária e do arroz às margens da BR-153, também em Bagé. Agora, a família Pillon vai entrar no ramo de silos, com investimento de R$ 4,5 milhões, R$ 3,2 milhões de bancos, para uma capacidade estática que pode alcançar 30 mil toneladas. 

Um dos diretores da futura Pillon Agrícola, Gustavo Pillon, conta que já está recebendo pedidos de “vizinhos de campo” para reservar espaço na estocagem de soja. “A ideia é agregar nova receita à agricultura, e pensamos em ampliar a capacidade”, projeta Pillon.

Na beira da Lagoa dos Gateados, em Mostardas, o produtor Clovis Terra Machado dos Santos ampliou a estrutura com novos aportes e poderá receber 5 mil toneladas de grãos. Santos aponta a oferta de crédito mais barato e maior prazo para pagar (até 15 anos) como fatores que validaram a decisão. “O programa de financiamento veio a calhar e viabiliza a armazenagem perto da lavoura”, ressalta o proprietário da Fazenda do Cardoso. 
Estado tem quase 50% das novas unidades financiadas por meio de linhas do Bndes 

O Rio Grande do Sul respondia, em 2013, por menos de 20% da capacidade estática de armazenagem de grãos no País, que totalizava 144,9 milhões de toneladas. Na demanda por crédito, empreendimentos de produtores e cerealistas gaúchos representavam 45% dos projetos que receberam repasses do Bndes de janeiro até dia 9. O Estado lidera em número de projetos nas linhas Cerealista e Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Os contratantes gaúchos somavam 27% do montante repassado em 2014. Frente a 2013, os contratos firmados até o começo deste mês mostram crescimento de quase 800% no volume financeiro frente a todo ano de 2013. 

Dos 266 empreendimentos nas duas modalidades (cerealista e produtores), 141 são de silos para agricultores. No ano passado, foram 27. Se forem computados os números de toda a carteira (consultas em análise, aprovadas e contratadas) a estimativa no Estado é de R$ 353,9 milhões na safra 2013/2014 e R$ 103,4 milhões no ciclo 2014/2015. No Brasil, são R$ 2 bilhões na última safra e R$ 368 milhões na nova. 

Áreas de crédito rural de bancos esperam mais pedidos. O BRDE somou 42 projetos até agosto, de R$ 111 milhões e capacidade de 268 mil toneladas. 

O Banco do Brasil utiliza caixa próprio, e somou até junho R$ 100 milhões no PCA, dentro da safra 2013/2014. João Carlos Comerlato, gerente de Mercado de Agronegócios, recebeu R$ 60 milhões em pedidos e liberou R$ 10 milhões a produtores. O Badesul registra, de agosto de 2013, estreia do PCA, até agora, 79 operações, orçadas em R$ 90,6 milhões, sendo que 64 foram assinadas e somam R$ 80,6 milhões.
Indústria e estoques públicos contribuem para armazenagem no Rio Grande do Sul

O governo federal quer ampliar em 65 milhões de toneladas de capacidade estática no setor privado nos próximos cinco anos no País por meio da injeção de crédito. O aporte é estimado em R$ 25 bilhões e integra o Plano Nacional de Armazenagem (PCA). Da capacidade atual, 65% está nas mãos de empresas, 20,6% de cooperativas, 10,6% em produtores e 4% com o braço governamental.

O superintendente de armazenagem da Conab, Rafael Bueno, informa também que está em curso a construção de estruturas públicas que agregarão 800 mil toneladas para receber estoques públicos. Em 2013, a capacidade pública era de 5,5 milhões de toneladas. Serão R$ 380 milhões para erguer silos em 10 estados, entre eles o Rio Grande do Sul. “Identificamos regiões com maior carência, e a ideia é ter unidades mais perto dos produtores”, explicou Bueno. No Estado, uma nova unidade será implantada até 2016 em Estrela, com cem mil toneladas e valendo R$ 23 milhões. No complexo logístico (modais rodoviário, ferroviário e hidroviário), a Conab tem silo de 60 toneladas e atende compra a balcão de pequenos produtores. 

A Coradini Alimentos, com unidades na Campanha, expandiu estrutura em 2013 buscando financiamentos como a linha Cerealista. Em Bagé, passou de instalações de 12 mil para 15 mil toneladas, e em Dom Pedrito, de 13,3 mil para 20 mil toneladas. “Estamos prontos para receber soja”, sinaliza Antônio Carlos Coradini, um dos diretores da empresa, revelando a diversificação no portfólio antes restrito a arroz. “O casamento soja e arroz veio para ficar”, vislumbra Coradini.

Fonte: Portos e Navios