O cenário político do Brasil afetou negativamente diversos setores que movimentam a economia em todos os Estados, em todo o país. Ainda assim, há boas perspectivas de crescimento para o setor logístico. O otimismo começou a ser vislumbrado com alguns fatos que marcaram este ano.
Alguns dados positivos animam o setor, como o aumento na movimentação de cargas dos portos, ferrovias e aeroportos brasileiros, que cresceu mais de 5% entre janeiro e setembro, se comparado ao mesmo período de 2017. Entretanto, a evolução segue a passos lentos por conta de uma série de questões, que tem como base o excesso de regras impostas pelo Estado que atrasam e dificultam ações necessárias para o desenvolvimento e crescimento do Brasil.
No fim do túnel, algumas medidas são como uma luz que se acende e traz uma ponta de esperança de que 2018 será melhor. Pode-se destacar o aprimoramento de sistemas da Receita Federal para tornar a rotina de trabalho mais segura, confiável e eficiente. Um exemplo é a Declaração Única de Exportação (DU-E), que reúne informações referentes a diferentes setores, como o aduaneiro, administrativo, comercial, financeiro, tributário, fiscal e logístico, usado para definir o processo de exportação. O documento eletrônico é uma maneira de adequar o controle aduaneiro e administrativo à operação logística das exportações.
Após longos períodos com número em queda, nos últimos meses percebe-se uma sutil reação da economia, mas ainda há um grande desinteresse pela aérea logística no país, que carece de mais atenção e melhorias para poder se recuperar e se equiparar a outros grandes mercados internacionais.
Enquanto isso, resta a torcida e o profundo desejo de que em 2018 sejam adotadas outras iniciativas, assim como a DU-E, que facilitem e incentivem a todos que querem trabalhar seriamente e com ética. Esperamos que no ano que vem o Estado siga tomando decisões que facilitem trabalhos sérios e éticos. Que as organizações tenham liberdade para que possam definir suas estratégias.