Exportar calçados vale a pena – Aprenda a iniciar o processo

A China ainda é a maior produtora e consumidora desses produtos. O Brasil está no TOP 5. Mas, algo mudou nos últimos anos: a relação comercial entre chineses e norte-americanos foi boa para nós. Especialmente, para a empresa que quer exportar calçados.

Conforme os estudos atuais, cada vez mais o Brasil leva os calçados para as terras norte-americanas. Sem contar que nossos vizinhos Hermanos (Argentina) e os europeus (Itália e Alemanha) também não abrem mão do nosso produto.

Para entender todo esse mercado calçadista e as chances de a sua empresa exportar, leia abaixo os seguintes temas:

  • A indústria de calçados no Brasil
  • Por que exportar calçados
  • Como fazer exportação de calçados
  • A documentação para exportar calçados
  • Vale a pena exportar calçados?

A indústria de calçados no Brasil

A indústria de calçados no Brasil é antiga. Ela se inicia com a chegada de imigrantes da Alemanha e da Itália, que se estabeleceram no Sul e no Sudeste. A partir do trabalho com couro, iniciou-se a produção dos produtos. Por isso, o Rio Grande do Sul é um dos polos.

A partir do fim da Guerra do Paraguai e inovação tecnologia vinda a Europa, no final do século 19, a indústria avançou. Se antes era artesanal, agora a produção de calçados passa a ser manufaturada.

Hoje, o Brasil é um dos principais produtores e exportadores do mundo. Abaixo, confira alguns números atuais sobre esse mercado.

Os dados atuais sobre a exportação de calçados

A Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) afirma que as exportações brasileiras de calçados cresceram 57% em volume em março deste ano, com relação ao mesmo mês de 2021. Foram 13 milhões de pares levados aos outros países.

O dado é mensal, só que traz alguns pontos muito importantes para quem visa esse mercado. Os Estados Unidos aumentaram a procura por calçados brasileiros.

“Há uma procura expressiva dos players norte-americanos, que estão substituindo as importações chinesas”, disse Haroldo Ferreira, responsável pela divulgação do estudo. Somente esse país comprou 6 milhões de pares nacionais.

Além dos Estados Unidos, Argentina, França, Chile e Peru estão na lista dos países que mais compram os nossos calçados.

Por que exportar calçados

As empresas que fabricam calçados podem se beneficiar do processo de exportação. Afinal, chegar a novos destinos globais indica o aumento de valor de uma marca e um grande quesito quando o assunto tem a ver com os diferenciais de mercado.

Além disso, o Brasil é um país abundante em matérias-primas, o que nos deixa em posição privilegiada frente a outros mercados. A nossa identidade é vista como atraente no exterior e isso agrega ainda mais valor ao nosso produto.

A exemplo disso, temos o programa Brazilian Footwear, que será mais bem detalhado no futuro. O que você precisa saber é que ele incentiva a exportação de calçados brasileiros a partir de uma parceria com a ApexBrasil.

Como fazer exportação de calçados

A partir de algumas orientações do Governo Federal e de instituições como o Sebrae, a gente tem um cronograma da exportação de calçados. O objetivo é trazer uma ideia inicial sobre os procedimentos necessários para atuar nesse mercado tão rentável.

A preparação

A primeira coisa importante é estar preparado para esse processo. Afinal, existem exigências de órgãos e normas internacionais que fazem parte desse setor e são imprescindíveis para iniciar as novas rotas de entrega.

Um exemplo é a Instrução Normativa 1.603, que regulamenta o registro para exportar. A ideia é habilitar a empresa para realizar operações em unidades alfandegárias, como é o caso de portos e aeroportos.

Ela também diz que é preciso que as empresas estejam cadastradas no Radar (Sistema de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros) e no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior).

A etiquetagem

Outro ponto que merece atenção tem a ver com a etiqueta. Nesse caso, temos um campo obrigatório no setor calçadista que segue diretrizes internacionais, o que vai depender do país de destino.

No Brasil, a Lei 11.211 é sobre a identificação do couro e das matérias-primas sucedâneas usadas na confecção dos calçados. Os produtos têxteis têm a descrição obrigatória, a partir da Resolução 02 da Regulamentação Técnica de Etiquetagem de Produtos Têxteis.

A embalagem

Todo manuseio e transporte internacional de calçados exige o uso de embalagens apropriadas. Elas podem ser primárias ou secundárias. Os melhores exemplos vêm de caixas de papel cartão, sacos de papel ou sacos plásticos.

No site da ABRE (Associação Brasileira da Indústria de Embalagem) dá para encontrar todas as empresas fabricantes de embalagens e congêneres.

As amostras

Também é comum de acontecer no mercado o envio de amostras de calçado. Elas devem atender aos regulamentos do comércio exterior. Portanto, qualquer envio de produtos para outros países vai exigir cuidados.

A documentação para exportar calçados

Para fechar um negócio com o estrangeiro é necessário que se cumpra várias etapas. A parte da documentação é uma das que mais geram dúvidas. Conheça alguns dos documentos que fazem parte do dia a dia dessa internacionalização.

Fatura Proforma

A fatura proforma (proforma invoice) é um modelo de contrato que é mais usado nas exportações de calçados. É uma espécie de primeiro contato que o exportador faz com o importador, formalizando e confirmando a negociação.

Carta de Crédito

É uma carta que traz a responsabilidade do pagamento. Ela é emitida por bancos, que se comprometem a fazer a transferência de valores combinados entre as partes, desde que as condições sejam cumpridas (quantidade, prazo, permissão, etc).

Registro de Exportação

Ele é gerado pelo Siscomex, a partir do sistema eletrônico. E traz informações sobre a operação, o que permite um melhor controle do governo.

Os documentos da logística

Para garantir uma logística eficiente, os fabricantes também devem se atentar a outros documentos importantes, especialmente pensando no transporte dos calçados. A nota fiscal tem que ser emitida em moeda nacional, por exemplo.

Em alguns casos, ainda vem o certificado e a apólice de seguro. Tem o Conhecimento de Transporte ou de Carga, que comprova o recebimento da mercadoria. Outra é a Declaração Única de Exportação (DU-E), o Romaneio de Embarque e o PackingList.

Vale a pena exportar calçados?

Para terminar esse conteúdo de maneira bastante reflexiva, ainda mais se você está pensando nesse novo negócio, vamos considerar os destinos internacionais de calçados. 

Hoje, o nosso principal concorrente vem do outro lado do mundo, os chamados tigres asiáticos. Especialmente, com a China.

Depois, temos outros produtores em escala mundial, como Vietnã, Itália e Alemanha. Mas, nenhum consegue tanto sucesso com os norte-americanos como nós. A guerra comercial entre China e Estados Unidos beneficiou a nossa exportação de calçados. 

Tudo isso abre oportunidades para nossos fabricantes de calçados.

Agora, o que não dá para negar é que a exportação é um passo muito importante na vida de qualquer empresa. E, nessa hora, mais do que pensar na lucratividade, recomenda-se os cuidados de se investir em novos mercados. 

A eficiência tem que andar junto com a segurança.

Para isso, a DC Logistics Brasil está à disposição das empresas. São décadas de expertise com exportação e importação. Se você quer dar um passo certo e iniciar o seu processo para exportar calçados para os Estados Unidos e o mundo, fale com a gente.

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