Um grupo de trabalho deverá ser criado para analisar a viabilidade técnica e financeira do projeto de transporte de milho por ferrovias de Goiás ou Mato Grosso até Lages, em Santa Catarina. Reunião nesse sentido ocorreu na sexta-feira passada (29/4), entre o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, o vice-presidente das Operações Sul da Rumo ALL, Darlan de David, entre outras autoridades.
O transporte de milho utilizando rodovias e ferrovias pode ser uma alternativa para minimizar os custos de produção de suínos, aves e bovinos em Santa Catarina. Por ser um polo da suinocultura e avicultura, a produção de milho em Santa Catarina é insuficiente e o déficit é de aproximadamente 3 milhões de toneladas do cereal por ano. “Mesmo com todos os esforços, provavelmente, não seremos autosuficientes na produção de milho. Temos de pensar em alternativas para dar mais competitividade para os produtores catarinenses e o investimento em ferrovias com certeza fará diferença”, informou o secretário Sopelsa, em comunicado.
A ideia inicial é que o milho seja carregado em Goiás ou em Mato Grosso, Estados com uma grande produção do grão, e seriam descarregados em Lages, de onde seria transportado via caminhões para as agroindústrias ou produtores. Segundo o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Videira, Dorival Carlos Borga, para minimizar o déficit de milho no Estado, trazendo 1,5 milhão de toneladas, seriam necessários 116 vagões por dia, o que representa 39 mil vagões de trem por ano. Para o vice-presidente da Rumo ALL, Darlan de David, o investimento em ferrovias deve ser encarado como uma solução estrutural para o setor produtivo, por isso, é preciso um projeto estratégico que avalie as implicações a longo prazo.
Fonte: Portos e Navios