Importação de tecidos – dados, fornecedores e como importar
A importação de tecidos é um investimento que muitas empresas nacionais podem fazer pensando no aumento do lucro. Isso porque alguns países, como China e Índia, permitem um preço mais barato na venda desses produtos, o que interessa os fabricantes nacionais. Além disso, o processo viabiliza os novos produtos que não estão disponíveis no mercado nacional.
Aliás, os revendedores de tecidos importados também podem ganhar dinheiro com isso. Só que essa compra exige cuidados para que não saia mais cara do que o previsto. Ao errar em processos e documentos, vem as multas, minimizando as chances de sucesso do investimento.
Para entender tudo o que é importante sobre a importação de tecidos, leia os tópicos:
- Os dados sobre a importação de tecidos
- Os fornecedores de tecidos da China
- Por que importar tecidos?
- Vale a pena importar tecidos?
- As dúvidas mais comuns sobre a importação de tecidos
Os dados sobre a importação de tecidos
Conforme o Comex Stat, que traz estatísticas do Comércio Exterior do Brasil, os últimos dados são de 2019 sobre a importação de tecidos. Assim, a receita gerada naquele ano foi de US$ 424 milhões – mesmo que o mundo estivesse em uma pandemia global.
Um ponto importante é que a plataforma engloba não apenas os tecidos, mas vestuários e malhas na mesma categoria. O ranking trouxe a China como principal país de origem, com 212 milhões no valor FOB. Depois, vieram Bangladesh (59 milhões) e Peru (26,3 milhões).
O ranking dos Top 10 países do qual o Brasil importou tecidos ainda traz Camboja (15,6 milhões), Vietnã (15,2 milhões), Índia (11,2 milhões), Turquia (10,2 milhões), Indonésia (9,45 milhões), Tailândia (9,42 milhões) e Sri Lanka (8,18 milhões).
Quem são os maiores importadores de tecidos do Brasil? A partir do mesmo estudo, as respostas são: Santa Catarina, São Paulo e Alagoas.
Os fornecedores de tecidos da China
A China é o maior parceiro comercial do Brasil nesse sentido, sendo que corresponde a quase metade (50%) das importações de tecidos. Esse país asiático hoje possui muitas facilidades quando o assunto é importação de produtos.
A análise dos fornecedores é uma das etapas mais importantes, o que ajuda a minimizar os erros e as multas. E para trazer algumas breves orientações sobre isso, separamos algumas dicas. Veja!
A escolha do melhor produto
A primeira coisa importante a se fazer é entender o seu próprio público-consumidor. Afinal, é ele quem vai ditar algumas regras sobre a sua compra internacional. Quanto mais você os conhece, maiores as chances de encontrar o fornecedor ideal.
As compras em grande quantidade
Outra dica é sobre a quantidade dos produtos comprados. No mercado internacional existem maneiras de receber amostras do produto ou comprar menor quantidade no começo, como uma demonstração. Isso vai ajudar a identificar se aquele produto é mesmo o que você procura.
O uso do endereço para contato
Mais um ponto de atenção é sobre o uso de e-mail profissional ou telefone da empresa para contatar o fornecedor. O diálogo todo deve ser registrado e as dúvidas esclarecidas para que se tenha segurança sobre o produto e se evite os prejuízos.
Por que importar tecidos?
O Brasil produz tecidos. Só que mesmo assim, a importação desse material usado na fabricação de vestuários e outros produtos é vantajosa para muitos brasileiros. Um dos motivos pode ser a variedade e os preços diferenciados.
Um ótimo exemplo real e atual vem de países como a China e a Índia, que permitem que outros países do mundo importem tecidos de qualidade e sem ter que pagar caro por isso. Ou seja, quem importa ganha no quesito competitividade.
E o segundo motivo, que responde a dúvida sobre “porque o tecido asiático compensa”, é o fato de que esses países produtores possuem um ambiente dinâmico e com incentivos fiscais para tal negócio. Ah, sem contar que eles são muito criativos para criar tecidos únicos.
A importação de tecidos pode ser um diferencial para a sua empresa, mas desde que se tenha conhecimento sobre o processo, avaliando fornecedores do exterior e cuidando da logística internacional.
Para quem tem receio sobre a qualidade do produto, leve em conta que a maioria dos importadores de tecido fazem a conferência dele antes do embarque. Assim, conseguem assegurar qualidade, quantidade e especificações.
Vale a pena importar tecidos?
Acima, vimos que existem sim motivos, aliás bons motivos, para a importação de tecidos. Só que do ponto de vista financeiro e do lucro, será que vale mesmo a pena? Afinal, a margem de lucro pode ser mais baixa do que se espera e a concorrência é alta.
O principal atrativo vem do custo da compra internacional. A indústria de confecção brasileira aposta muito nesse negócio.
No entanto, vale sim a atenção para um fato: quem vai usar a importação de tecidos como ramo de entrada para o comércio exterior precisa de cuidados.
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O produto exigirá um bom investimento, além do capital de giro bruto. Considerando a margem de lucro pequena, aí vem a necessidade de se vender muito para que a quantidade das vendas faça o negócio internacional valer a pena.
No fim das contas, ao ouvir especialistas e ver históricos de empresas que atuam nesse mercado, a gente nota que há tecidos que valem a pena importar. Outros, nem tanto. Tem ainda a questão da cotação do dólar. Tudo isso exige análise de custos e pesquisas.
Como saber se vale a pena importar tecidos?
A Abvetex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), diz que os varejistas brasileiros, conhecidos por serem grandes marcas, como C&A e Renner, optam pelo produto internacional para poderem diferenciar as suas produções no mercado brasileiro.
Para isso acontecer, elas precisam estar legalmente habilitadas, como com os dados no Radar, um tipo de licença de importador. Sabendo disso, a próxima etapa é fazer as contas para saber se esse tipo de transação será lucrativa para você.
Separamos mais 3 dicas valiosas para te ajudar a fazer essas análises.
O segmento de atuação
A importação de tecidos pode valer a pena para vários segmentos. Só que isso precisa estar muito bem definido. Você vai usar tecidos para produção própria de vestuário? Ou vai revender os produtos importados? Procura itens básicos ou estampas sofisticadas?
Nem todo tecido vale a pena
Já vimos isso antes e é verdade: nem todo tipo de tecido valerá a pena de ser importado. Para se ter um exemplo, a malha e o jeans podem não ser boas ideias para importar durante um período de alta do dólar.
Por isso, fique sempre atento às tendências do mercado e aprenda a evitar as multas.
Importe com sabedoria
Para superar os desafios da importação de tecidos de mercados externos, o mais recomendado é que a sua empresa conte com quem possui expertise nesse tema, como é o caso da DC Logistics Brasil. Nós temos 28 anos de experiência no mercado internacional.
Sendo que através de um planejamento logístico, que envolve documentos obrigatórios e toda a tributação, a importação de tecidos poderá ser o diferencial que a sua empresa tanto almeja.
As dúvidas mais comuns sobre a importação de tecidos
A principal dúvida dos brasileiros que querem importar esse produto é sobre os fornecedores. Como vimos acima, a China tem grande destaque. Só que além dela, também podemos considerar outros parceiros, como Índia e o próprio Peru, que fica perto do Brasil.
Outra pergunta que muito se faz é sobre o tipo de tecido. A verdade é que qualquer um deles pode ser importado, como viscose, pelúcia, tricoline, algodão, etc. No entanto, nem todos vão ser vantajosos, exigindo análises de custos.
Aliás, falando em custos, saiba que os impostos vão variar conforme a NCM, que ditará as regras sobre as alíquotas. NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) é um código numérico dado para uma mercadoria e a partir dele é que se tem os percentuais dos impostos.
Por último, vem a pergunta sobre a importação de roupas prontas. Essa também é uma possibilidade para quem vê vantagens em revender os produtos, sem precisar passar pelos processos fabris. De todo modo, também existe muito planejamento sobre a compra.