Compreender qual é o papel da International Maritime Organization é indispensável para qualquer empreendedor que lide com transportes marítimos em suas operações de comércio internacional.
Mesmo aqueles que não fecham negócio diretamente com os operadores dos navios devem ter clareza sobre os parâmetros e mudanças impostos pela organização, investigando se o seu agente de cargas atende às regras!
A seguir, descubra o que é a International Maritime Organization e qual a sua função. Em seguida, veja quais as mudanças estipuladas a partir desse ano e quais os melhores meios que os armadores devem adotar para se adequar a elas. Continue a leitura!
O que é a International Maritime Organization e qual o seu papel?
International Maritime Organization, em tradução, significa Organização Marítima Internacional. Conhecida apenas como IMO, a agência é gerenciada pela ONU e visa regulamentar os padrões de proteção e segurança no transporte marítimo mundial.
Entre as incumbências da IMO, também está a prevenção da poluição dos oceanos causada pelos navios, afinal, o papel da entidade é contribuir para que as Nações Unidas consigam cumprir os seus principais objetivos de desenvolvimento sustentável.
Por meio de ações que visam estimular o investimento em eficiência e modernização, a International Maritime Organization estabelece regras internacionais para a operação de embarcações.
O objeto é evitar que eventuais limitações financeiras levem os armadores a optar por soluções que comprometam a segurança de suas operações ou ainda que afetem o meio ambiente.
Considerando que, como aponta o blog Portogente, mais de 80% do transporte comercial mundial é feito por meio de vias marítimas, é clara a importância da IMO para a unidade e o funcionamento sustentável de toda essa indústria.
Entre suas principais incumbências, estão questões que incluem a construção dos navios, tripulações, equipamentos, operações em geral e processos de descarte.
Formada por 174 Estados Membros, que são signatários da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios (MARPOL), a organização é vital, pois garante que o setor marítimo seja seguro, eficiente e ambientalmente correto.
Além do compromisso em aplicar as regras da IMO em seus mares territoriais, o papel dos países que são membros é também se reunir e discutir as regras que envolvem a navegação internacional, garantindo seu cumprimento e eventuais adequações.
Com base nessa lógica, inclusive, em 2020, novas regras e padrões foram estipulados para adequar e modernizar o que é exigido pela International Maritime Organization aos armadores. Saiba mais sobre elas no próximo item.
Quais as principais mudanças promovidas pela IMO em 2020?
As mudanças que a International Maritime Organization estabeleceu para 2020, e que passaram a valer a partir do dia 1º de janeiro desse ano, promoveram variações nos valores dos fretes internacionais e mudanças nas frotas de navios.
O ponto de maior destaque foi a determinação de um novo limite para as emissões de enxofre das embarcações, que agora é de apenas 0,5%. Antes, o limiar era de 3,5%, o que demonstra que a adequação pode ser um verdadeiro desafio a muitos armadores.
As novas regras sobre emissões começaram a ser discutidas pelos Estados Membros em 2008. Apesar de toda a revisão ter sido concluída apenas em 2016, o site Guia Marítimo destaca que a data de adequação já havia sido estipulada em julho de 2010.
Os meios para que as metas propostas sejam alcançadas são sugeridos na própria Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios (MARPOL), em seu Anexo VI.
O documento destaca diretrizes cada vez mais exigentes contra as emissões de gases das embarcações mercantes, incluindo os nitrosos e os óxidos de enxofre, visando diminuir ao máximo os riscos e danos oferecidos à saúde humana e ao ambiente.
No item seguinte, saiba mais sobre as alternativas propostas pela International Maritime Organization para a adequação dos armadores.
Como as adequações devem ser operacionalizadas?
Agora que a IMO 2020 entrou em vigor, a estimativa é que mais de 90% de toda a frota mundial de navios dependa de combustíveis compatíveis às novas regras relacionadas ao enxofre.
Entre as principais propostas da International Maritime Organization em prol de suas metas, está o uso de gás como combustível, de óleo combustível com teor reduzido de enxofre e até o metanol enquanto combustível alternativo.
Outro ponto interessante é a sugestão da instalação de catalisadores, que são sistemas de limpeza de gases de escape que desempenham o papel de limpar o que é emitido antes da liberação na atmosfera.
Confira mais detalhes sobre essas alternativas:
Uso de combustíveis com baixo teor de enxofre
Combustíveis mais finos que o óleo normalmente utilizado nas embarcações e até 6 vezes menos poluentes já podem ser adquiridos.
Apesar de vantajosa, essa opção é mais cara e influencia diretamente os valores de bunker, que dizem respeito ao combustível utilizado nos navios.
Emprego do gás GNV
Já utilizado como combustível de carros, o GNV produz emissões insignificantes de enxofre quando entra em combustão.
Se nos automóveis o tanque de gás ocupa um espaço significativo dos porta-malas, nos navios a situação é semelhante: até 30% de sua capacidade deve ser direcionada ao armazenamento do GNV.
Alternativas no metanol
Por ser um biocombustível, o metanol também apresenta níveis extremamente baixos de enxofre e provoca emissões baixas de CO2. Como seu custo é alto, o uso ainda é direcionado para serviços marítimos de curta distância.
Já que os volumes de biocombustíveis necessários para abastecer uma embarcação de grande porte são muito significativos, e que o setor ainda tem pouco conhecimento sobre sua aplicação, essa é a alternativa que mais exigirá tempo de adequação.
Emprego de sistemas catalisadores
Os sistemas purificadores de gases de escape desempenham a função de limpar os produtos emitidos na combustão antes que sejam liberados na atmosfera.
O papel do catalisador é filtrar os poluentes emitidos na embarcação, diminuindo seu grau de poluição.
A grande vantagem dessa solução é que ela pode ser implementada nas embarcações atuais, que ainda operam através do óleo tradicional.
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