É um número histórico: no primeiro semestre de 2016, a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) certificou 8,5 milhões de garrafas, mais um milhão do que em igual período do ano passado, o que representa um crescimento de 13 por cento.
Este total assume ainda maior relevância por ser conseguido na sequência de um ano de enorme progressão nas certificações – com 32 milhões de garrafas, a CVR Lisboa anotou em 2015 um crescimento de 20 por cento face a 2014. “Estes resultados demonstram que há cada vez mais adeptos dos Vinhos de Lisboa e que o potencial de crescimento na certificação é elevado, pelo que a nossa expetativa é continuar a bater recordes em 2016”, garante Vasco d’Avillez, presidente da CVR Lisboa.
Os dados mais recentes do Instituto do Vinho e da Vinha (IVV), referentes à época 2015/16 (números actualizados até 30 de Março de 2016), colocam a região de Lisboa no segundo lugar da produção nacional, com mais de 1,2 milhões de hectolitos, apenas atrás do Douro (1,6 milhões) e tendo ultrapassado o Alentejo (1,15 milhões). Mas a região só certifica dois terços deste total – 815.352 hectolitos, entre vinhos com Denominação de Origem Protegida (DOP; 58.394hl) e vinhos com Indicação Geográfica Protegida (IGP; 755.958hl). Neste último campo, a CVR Lisboa lidera a nível nacional, com 41 por cento do total do vinho IGP certificado em todo o país, por contraste com as certificações DOP, que representam somente 2% desta categoria de vinhos em Portugal.
Contando com algumas das maiores exportadoras do país (casos, por exemplo, da Casa Santos Lima e da DFJ), a região de Lisboa coloca cerca de 75 por cento da sua produção no mercado externo. EUA, Norte da Europa, China, Brasil e África são os destinos mais importantes.
Fonte: Revista de Vinhos