O que eu preciso saber para exportar – conheça quais as modalidades de pagamento de exportação

Há uma relação direta entre risco e custo quando o assunto é sobre quais as modalidades de pagamento de exportação que podem ser usadas pelos empreendedores/gestores que vão iniciar seus negócios para o mundo, no âmbito internacional.

Assim, a modalidade mais barata, possivelmente, é a mais arriscada. Mas, quais são os reais riscos? Afinal, o que é preciso considerar na hora de escolher uma das alternativas? Continue lendo e descubra como ter sucesso nos negócios voltados para vendas no exterior.

As modalidades de pagamento de exportação

Atualmente, são cinco as modalidades que permitem esse pagamento. Cada uma delas tem suas próprias características. E conhecer esses detalhes pode ser decisivo para quem visa os novos negócios. Então, conheça as vantagens, os riscos e as diferenças entre as opções.

Pagamento Antecipado

O mais conhecido, mais usado e também mais atraente (para exportadores) entre as modalidades de pagamento de exportação é o pagamento antecipado.

Ele acontece quando o valor, que pode ser integral ou parcial, é enviado para o exportador antes mesmo do embarque da mercadoria.

Apesar de parecer arriscado demais, considere que é uma das formas mais seguras, já que as informações relevantes são todas detalhadas em uma fatura proforma, que pode ser substituída por um contrato comercial.

Pagamento Antecipado: bom para quem exporta, nem tanto para quem importa

Mas, cuidado! Para o importador há o risco de operação, como atraso no embarque. Assim, se o comprador tiver que desembolsar mais recursos pelas mercadorias, então, o fluxo de caixa é comprometido.

Geralmente, esse tipo de negócio é feito quando o exportador precisa de recursos para produzir ou quando permite a garantia de preços na matéria-prima. 

É uma forma aceita também quando há um forte poder de negociação ou se é a única forma de pagamento de exportação.

Remessa Direta

Para quem exporta, essa está longe de ser a melhor opção. Mas, para quem importa, acaba sendo a mais atraente porque é a de menor custo. Entenda essa prática conhecida também como remessa sem saque, letra de câmbio ou draft.

Para quem importa, a remessa direta tem menos burocracia porque não tem despesas bancárias. Por outro lado, e justamente por isso, ela tem grandes riscos, que são destinados ao exportador.

Remessa Direta: bom para quem importa, nem tanto para quem exporta

Isso porque é um tipo de pagamento que acontece após o exportador embarcar a mercadoria. Então, ele remete os documentos e as faturas diretamente para quem compra – sem bancos. Por isso, acaba sendo um tipo de movimentação sem garantias.

Sendo assim, você pode se perguntar: com o risco alto por que ela existe? O mais comum é que aconteça entre empresas de um mesmo grupo ou quando há uma relação muito íntima entre importador-exportador.

Boleto Bancário

Bem menos comum do que as outras opções, vem o boleto bancário. Nesse caso, ele é mais comum para os empreendedores iniciantes nas exportações e que possuem volume bem menor de encomendas.

Na prática, é uma operação financeira exatamente igual à que acontece com o pagamento de um boleto em reais.

Boleto Bancário: pouco bom para quem importa e também para quem exporta

Tudo acontece através de uma agência de câmbio, que vai intermediar a operação. A primeira parte é quando a empresa que importa paga em reais. Isso gera um valor correspondente à moeda estrangeira com base no câmbio.

Depois, o valor é convertido para a empresa exportadora, com as taxas e impostos. Vale considerar que a Federação Brasileira dos Bancos alterou as regras para esse tipo de emissão e pagamento de boletos.

Cobrança Documentária

A próxima opção que responde a dúvida sobre quais as modalidades de pagamento de exportação é a cobrança documentária, que diferente do modelo acima, conta com a participação de bancos.

O que acontece é que as transações são feitas a partir de bancos autorizados. No Brasil, esses bancos devem ter reconhecimento do Banco Central, por exemplo.

É comum que o banco atue em nome do exportador com as futuras cobranças, que podem acontecer à vista ou parceladamente. Ou seja, o banco se torna um gestor de todo trâmite legal da exportação.

Cobrança Documentária: pouco bom para quem exporta, melhor para quem importa

Após o embarque das mercadorias, sai a fatura comercial, o packing list, certificados, etc. o banco faz a conferência e libera os documentos.

O ponto forte acaba sendo a chance de contar com uma estrutura internacional e a chance de trabalhar com cobranças a longo prazo. O ponto negativo pode ser o fato de que há riscos de calote.

Carta de Crédito

Essa modalidade, a última da lista, é conhecida com o nome estrangeiro de letter of credit ou a sigla LC. É a opção mais viável para exportadores que não querem riscos comerciais. Acaba sendo a mais segura para todas as partes envolvidas.

Isso porque ela tem uma garantia oferecida por um banco internacional. O banco assume o pagamento de pagar ao exportador a operação, no vencimento. Tudo acontece através de termos e condições.

Carta de Crédito: bom para quem exporta e para quem importa

Ao saber disso, você pode estar pensando: sem dúvidas é a melhor opção para quem exporta, correto? Só há um problema nisso: o preço geralmente é o mais caro de todos. Assim, acaba não sendo viável para exportações de pequenos valores.

as modalidades de pagamento de exportação

Como é feito o pagamento de exportação

Agora que já se tem as informações básicas e iniciais sobre quais as modalidades de pagamento de exportação, saiba que essa transação só é feita a partir da escolha entre importador e exportador, o que deve ser de comum acordo.

Portanto, para além de riscos e custos, ao longo do tempo essa negociação financeira também envolve um grau de confiança entre as partes.

Em resumo, para os interessados em buscar segurança nesse tipo de negócio internacional, saiba que a carta de crédito é a modalidade de pagamento com menor risco para importadores e exportadores.

Cinco dicas para exportar mais e melhor

Ela tem garantia do recebimento do valor da exportação por parte do exportador. E para o importador, o pagamento só acontece depois dos termos e as condições.

As outras alternativas acabam tendo um risco maior para um ou para outro.

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