Desenvolvimento social, econômico e geração de empregos. O mais novo terminal portuário privado do Brasil pretende trazer uma série de benefícios para o todo o país, além de funcionar como um indutor mercantil, aproximando o Paraná das grandes rotas mundiais de comércio. Com investimento aproximado de R$ 1,5 bilhão, o Terminal Portuário Porto Pontal irá ocupar um espaço de mais de 600 mil m² – e contará com um pátio de 450 mil m², o que constitui a maior área para depósito de contêineres do país.
Porto Pontal será também um dos terminais mais modernos da América Latina e o primeiro do país a operar sobre trilhos. Enquanto os demais portos do país utilizam o sistema RTG (rubber tyre gantry), o de Pontal – a exemplo dos grandes portos europeus, como o Rotterdam Gateway, oAntwerp Gateway e o Euromax Terminal Rotterdam – vai ser equipado com RMG (rail mounted gantry), guindastes de pórtico montados sobre trilhos, tendência mundial por sua eficiência e segurança. Para atender o maior produtor e exportador de frangos do país – segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), de janeiro a maio deste ano o Paraná exportou mais de 550 mil toneladas de frangos – o novo porto terá 5 mil tomadas reefer, essencial para abrigar contêineres refrigerados. “Além de toda tecnologia e dos equipamentos de ponta integrados com todo o sistema operacional, o impacto ambiental de Pontal também será menor, já que os contêineres são a forma mais limpa, segura e eficiente de transporte”, explica Ricardo Bueno Salcedo, diretor do Porto Pontal.
Em 2014, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos brasileiros movimentaram 969 milhões de toneladas. Deste total, 621 milhões, que correspondem a 64%, passaram pelos terminais privados. Para suprir a demanda e proporcionar mais competitividade à produção local e nacional, Porto Pontal irá ampliar em 55% a capacidade portuária do Paraná, que passaria de 45 para 70 milhões de toneladas. “Enquanto, nos últimos oito anos, Santa Catarina recebeu três novos terminais – em Navegantes, Itapoá e Imbituba – o Paraná permaneceu estagnado. O novo porto vem para tornar este cenário mais dinâmico e para contribuir com o desenvolvimento econômico e social da região”, afirma Salcedo. O estado é o único de todo o Brasil que possui apenas um terminal de contêineres e Porto Pontal surge para, juntamente com Paranaguá, oferecer uma gama maior de serviços e atrair mais cargas para estado, fortalecendo-o como um importante polo portuário.
Situado na entrada da Baía de Paranaguá, região conhecida como Ponta do Poço, o porto de Pontal fica a uma distância de 23 quilômetros do alto-mar. Sua localização privilegiada e estratégica para o Mercosul gera uma economia de mais de uma hora para atracação em relação ao Porto de Paranaguá. Com cais de mil metros e três berços para atracação simultânea de navios, a profundidade permanente do calado é de 16 metros, mais do que o suficiente para abrigar grandes embarcações.
A primeira etapa da obra do Porto Pontal, com finalização prevista para o segundo semestre de 2017, vai envolver a implantação de dois terços da estrutura total do terminal e possibilitar a movimentação de 700 mil TEUs (Twenty Foot Equivalent Unit – refere-se à Unidade Equivalente de Transporte, que possui um tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés). Operando integralmente, sua capacidade máxima de movimentação será de 2 milhões de TEUs, com 56 RMG, 10 portêineres e 80 terminal tractors. “Será um grande avanço no setor portuário. Mesmo com as dificuldades que o Brasil enfrenta, Porto Pontal simboliza a confiança que temos no futuro do país”, garante o diretor do Porto Pontal.
O Terminal Portuário Porto Pontal prevê ainda a geração de mais de 7 mil empregos – diretos e indiretos – e a implantação de uma série de projetos socioambientais para trabalhadores do porto e para a população de Pontal, como creche no terminal, programas de gestão e educação ambiental, além de capacitação profissional.
Fonte: Portos e Navios