A balança comercial brasileira registrou um superávit recorde, com US$ 14,4 bilhões no primeiro trimestre do ano. As exportações chegaram a US$ 50,5 bilhões e as importações a US$ 36 bilhões O resultado é o melhor para o período desde o início da série histórica em 1989.
Nos três primeiros meses do ano, as exportações registraram crescimento de 20,4% em relação a 2016. Houve aumento das remessas de produtos básicos (34,7%), semimanufaturados (11,2%) e manufaturados (8,1%), com destaque para as vendas de óleos combustíveis (265,5%), petróleo em bruto (171,7%), semimanufaturados de ferro e aço (92,1%), veículos de carga (62,7%), carne suína (43,2%) e carne de frango (20,1%).
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as importações cresceram 8,4% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2016, quando foram registradas compras de US$ 36 bilhões.
Em março de 2017, as vendas externas atingiram US$ 20 bilhões, com crescimento de 20,1% em relação a 2016, e as importações, US$ 12,9 bilhões, o que representou um aumento de 7,1%. Com esses resultados, o saldo comercial de março também foi recorde, atingindo a cifra de US$ 7,1 bilhões. O valor é 61,2% superior ao alcançado no ano passado, US$ 4,4 bilhões.
Aumento nas exportações de produtos básicos e manufaturados
Quando comparadas a março de 2016, as exportações de produtos básicos apresentaram crescimento de 29,7% devido, principalmente, à venda de minério de ferro (186,7%), petróleo em bruto (145,9%), carne suína (33,4%) e carne de frango (7%). Também cresceram as exportações de manufaturados (12,3%) e semimanufaturados (7,4%), por conta de hidrocarbonetos (170,9%), óleos combustíveis (161,7%), borracha sintética (111,9%), semimanufaturados de ferro e aço (109,3%), tubos flexíveis de ferro e aço (94,6%) e veículos de carga (67,1%).
Governo trabalha para manter exportações de carne
A exportação de carnes (bovinos, suínos, aves e carnes industrializadas) aumentou 4,4% em relação a março de 2016. Já na comparação com fevereiro deste ano, houve uma queda de 6,2%. De acordo com o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação, Herlon Brandão, o governo federal trabalha com iniciativas para manter o mercado das carnes produzidas no Brasil e no Exterior. Ele destacou que, após um breve susto observado no começo da quarta semana de março, quando houve uma queda na média diária do setor, os embarques foram normalizados. O Brasil enviou carnes para 137 países no terceiro mês do ano.