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A exportação de tilápia brasileira tem crescido de forma consistente nos últimos anos. Porém, 2025 trouxe uma reviravolta: apesar dos recordes alcançados, o setor também foi surpreendido por decisões internacionais que colocaram em xeque a estabilidade do mercado.
Será que o Brasil conseguirá manter seu protagonismo no cenário global mesmo diante das incertezas?
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), pela primeira vez, a produção aquícola brasileira superou a pesca de captura em 2024. Um feito histórico que reforça a força do setor.
Os principais estados produtores são:
- Paraná,
- São Paulo,
- Minas Gerais.
E de acordo com a Embrapa, a tilápia respondeu por 94% das exportações da piscicultura nacional em 2024, somando US$ 55,6 milhões, um salto de 138% em relação ao ano anterior.
Mas o que mudou em 2025? Continue a leitura para entender os avanços e os desafios que o setor enfrenta!
A tradição da tilápia brasileira no mercado internacional
Você sabia que os Estados Unidos são responsáveis por 90% das exportações brasileiras de tilápia?
Esse domínio do mercado americano sempre foi visto com otimismo, mas também trazia consigo um risco: a dependência excessiva de um único comprador. E foi justamente aí que o cenário se complicou.
Em 2025, os EUA impuseram uma tarifa de 50% sobre a tilápia brasileira, sem incluir o produto na lista de exceções. A notícia caiu como um balde de água fria no setor.
Mesmo assim, até então, o Brasil se mantinha como o segundo maior exportador de tilápia para os EUA, principalmente de filés frescos, superando concorrentes como Honduras e Costa Rica.
Quer um dado impressionante? Desde 2020, o Brasil aumentou em 718% suas exportações de tilápia para os Estados Unidos, consolidando sua posição no mercado global.
Recordes de exportação em 2025
Apesar das incertezas, o primeiro semestre de 2025 trouxe um marco histórico para a piscicultura brasileira: o maior volume de exportações de tilápia já registrado.
Mais de 8 mil toneladas de peixe foram exportadas por via aérea, segundo a Embrapa e a Peixe BR. Esse volume representou:
- alta de 49% em quantidade,
- crescimento de 52% no faturamento em relação ao mesmo período de 2024.
O resultado? Mais de US$ 35,9 milhões em receita, com os EUA ainda liderando as compras (90%), seguidos pelo Canadá.
Mas será que esse desempenho se manterá nos próximos trimestres?
Incertezas e desafios futuros para os produtores de tilápia
O setor vive um momento delicado. Além do impacto da nova tarifa norte-americana, outros fatores têm gerado tensão entre os produtores. Veja os principais pontos de atenção:
- queda no consumo interno de pescado durante o inverno,
- altos estoques nas regiões produtoras,
- concorrência com a tilápia importada do Vietnã.
Diante disso, as empresas brasileiras estão em busca de alternativas. Uma delas é ampliar a atuação no mercado interno, além de diversificar os destinos das exportações.
Outra estratégia envolve mudanças no formato de comercialização: embora o filé fresco ainda seja o principal produto, há esforços para promover a venda de peixes inteiros ou filés congelados, o que facilita o armazenamento e reduz perdas.
E o que esperar do futuro? Há uma esperança no horizonte: negociações entre os governos estão em andamento para tentar derrubar o tarifaço e restabelecer o fluxo comercial com os EUA.
Quer entender mais sobre como conservar seus produtos da melhor forma? Aproveite e leia nosso post com os principais tipos de armazenagem, pode ser o insight que faltava para sua empresa se destacar!
FAQ – Exportação de Tilápia em 2025
Em 2025, o Brasil bateu recordes de exportação de tilápia, com mais de 8 mil toneladas enviadas ao exterior e receita de US$ 35,9 milhões, segundo a Embrapa e a Peixe BR.
Os EUA compram cerca de 90% da tilápia exportada pelo Brasil, principalmente na forma de filés frescos, consolidando-se como o principal destino do produto nacional.
O governo americano aplicou uma tarifa de 50% sobre a tilápia brasileira, fora da lista de exceções. A medida gerou preocupação no setor e estimulou a busca por novos mercados e formatos de comercialização.
Paraná, São Paulo e Minas Gerais estão entre os maiores produtores, responsáveis por grande parte da tilápia exportada.
Segundo a FAO, em 2024, a produção aquícola brasileira superou a pesca de captura pela primeira vez — um marco para a piscicultura nacional.
Os produtores têm diversificado destinos de exportação, fortalecido o mercado interno e investido em produtos congelados ou inteiros para reduzir custos e perdas.
Negociações entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos estão em andamento para tentar reduzir tarifas e restabelecer o fluxo comercial, o que pode reaquecer o setor nos próximos trimestres.





