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Conhecer o que cada estado brasileiro mais exporta é fundamental para entender como funciona a engrenagem econômica do país. Já parou para pensar como as regiões se complementam nesse cenário globalizado?
O Brasil demonstrou sua força econômica ao registrar um crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso nos colocou na 5ª posição entre os países com maior alta no PIB global.
Além disso, o comércio exterior brasileiro tem se mantido como um dos pilares da economia nacional. A atividade que envolve comprar e vender produtos ou serviços entre países é dividida entre importação (compra) e exportação (venda) e é exatamente essa última que vamos analisar aqui.
Você sabe qual é o principal produto exportado pelo seu estado? Vamos descobrir juntos!
O que cada estado brasileiro mais exporta
O Brasil é líder em exportações de soja, petróleo, celulose, milho, café e muito mais. E com a evolução do e-commerce internacional, os produtos brasileiros estão chegando ainda mais longe.
Em 2024, nossos principais parceiros comerciais foram:
- China,
- Estados Unidos,
- Argentina,
- Países Baixos,
- Espanha,
- Singapura,
- México,
- Chile,
- Canadá,
- Alemanha.
Mas, de onde saem todos esses produtos? Vamos conhecer agora, em ordem crescente, os estados brasileiros e suas respectivas participações no comércio exterior entre janeiro e julho de 2025, com dados do Portal Comex Stat.
Acre (Região Norte)
Com uma participação de apenas 0,032% nas exportações nacionais, o Acre teve um total de US$ 63,6 milhões em vendas externas. Mesmo com volume modesto, o estado tem se mantido ativo com a exportação de carne bovina e soja.
Você imaginava que o agronegócio também marca presença no extremo norte do país?
Sergipe (Região Nordeste)
Sergipe comercializou US$ 224,3 milhões, equivalente a 0,113% das exportações brasileiras. Os principais itens exportados foram óleos brutos de petróleo, suco de laranja e açúcar.
Paraíba (Região Nordeste)
Entre os estados do Nordeste, a Paraíba teve a menor participação, com US$ 94,5 milhões e 0,047% das exportações nacionais. Os produtos mais vendidos foram açúcar, melaço, calçados e sucos de frutas e vegetais.
Interessante como a diversidade da produção paraibana vai da cana-de-açúcar ao setor calçadista, não é?
Roraima (Região Norte)
Com US$ 82,3 milhões exportados e representando 0,041% do total nacional, Roraima se destaca pela comercialização de milho e carne bovina, reforçando o peso da agropecuária local.
Distrito Federal (Região Centro-Oeste)
Apesar de sua pequena extensão territorial, o Distrito Federal exportou US$ 188 milhões (0,094% do total nacional), com destaque para querosene de aviação e sorgo para semeadura.
Amapá (Região Norte)
O Amapá exportou US$ 72,4 milhões, o que corresponde a 0,037% das exportações brasileiras. Seus principais produtos vendidos ao exterior foram madeira, açúcar, leite e minério de ferro, reforçando sua vocação extrativista.
Será que há potencial inexplorado por aqui?
Alagoas (Região Nordeste)
Exportando US$ 536,6 milhões, o equivalente a 0,270% das exportações do Brasil, Alagoas tem forte presença na produção de açúcar, melaço, minério de cobre e tabaco.
Piauí (Região Nordeste)
Com US$ 662,6 milhões exportados (0,334% do total nacional), o Piauí tem como destaques soja e algodão bruto.
O agro também movimenta o coração do Nordeste.
Rio Grande do Norte (Região Nordeste)
O RN exportou US$ 549,3 milhões, representando 0,277% do comércio exterior do país. Seus principais produtos foram óleo combustível, ouro e açúcar.
Amazonas (Região Norte)
Com uma exportação total de US$ 495,2 milhões, o Amazonas representou 0,249% do total nacional. O estado se destacou na venda de motocicletas e ouro semimanufaturado, reflexo direto da Zona Franca de Manaus.
Tocantins (Região Norte)
Tocantins exportou US$ 1,926 bilhão, equivalente a 0,972% da fatia nacional. Os principais produtos foram soja, carne bovina e ouro.
Mais um estado onde o agro e a mineração andam lado a lado.
Rondônia (Região Norte)
Com US$ 2,019 bilhões em exportações (1,019%), Rondônia vendeu principalmente soja, carne bovina, milho e café.
Pernambuco (Região Nordeste)
Com US$ 1,461 bilhão em vendas externas, Pernambuco contribuiu com 0,737% das exportações do Brasil. Os produtos mais enviados foram combustíveis minerais, máquinas e equipamentos de transporte, além da soja.
Ceará (Região Nordeste)
O Ceará faturou US$ 1,354 bilhão em exportações, o que corresponde a 0,683% do total brasileiro. Entre os principais itens estão ferro e aço, frutas, calçados, ceras vegetais e pescados.
Maranhão (Região Nordeste)
O Maranhão teve US$ 3,074 bilhões em exportações, representando 1,552% do total. Os itens mais relevantes foram alumínio, alumina, soja e celulose.
Mato Grosso do Sul (Região Centro-Oeste)
O estado exportou US$ 6,337 bilhões, o que corresponde a 3,200% do total nacional. Seus principais produtos foram celulose, soja e carne bovina.
Goiás (Região Centro-Oeste)
O estado de Goiás registrou US$ 7,963 bilhões em exportações, representando 4,021% do total brasileiro. Os produtos de maior destaque foram soja, carne bovina, minérios de cobre e açúcar.
Bahia (Região Nordeste)
A Bahia lidera o Nordeste em exportações com US$ 6,283 bilhões e 3,173% de participação nacional. Os destaques incluem soja, óleo combustível, celulose, ouro e algodão.
Espírito Santo (Região Sudeste)
Com US$ 5,658 bilhões exportados (2,857%), o Espírito Santo se destaca com minério de ferro, café, celulose e rochas ornamentais.
Santa Catarina (Região Sul)
Com US$ 6,952 bilhões (3,510%), SC se destacou com exportações de carne de frango, carne suína, geradores elétricos, madeira e soja.
A força da indústria catarinense vai além do agro.
Paraná (Região Sul)
Com US$ 13,218 bilhões e 6,675% de participação, o Paraná se destaca na exportação de soja, carne de frango, açúcar, papel e automóveis.
Mato Grosso (Região Centro-Oeste)
O Mato Grosso teve US$ 17,551 bilhões em exportações, o que representa 8,863% do comércio nacional. Os produtos líderes foram carne bovina, soja e milho.
Pará (Região Norte)
O Pará alcançou US$ 13,188 bilhões, equivalente a 6,660% das exportações do Brasil. O estado é líder em minério de ferro, alumina, cobre e alumínio.
Rio Grande do Sul (Região Sul)
Com US$ 11,171 bilhões exportados (5,641%), o RS teve como principais produtos fumo, soja, cereais e carne de frango.
Minas Gerais (Região Sudeste)
MG exportou US$ 25,438 bilhões (12,846%) com destaque para minérios de ferro, café, ouro, soja e ferro-ligas.
Rio de Janeiro (Região Sudeste)
De janeiro a julho de 2025, o Rio de Janeiro ocupou a terceira posição no ranking das exportações brasileiras por estado.
Com US$ 25,242 bilhões exportados, o estado representa 12,747% do total, é referência em petróleo e produtos semiacabados de ferro e aço.
São Paulo (Região Sudeste)
Liderando o ranking nacional, São Paulo exportou US$ 40,100 bilhões, o que representa 20,251% das vendas externas do país. Os principais produtos incluem açúcar, etanol, suco de laranja, carne bovina, celulose, papel e café.
Além dos estados, houve um volume de US$ 6,097 bilhões registrado como “Não Declarado”, ou seja, não associado a uma origem estadual específica.
Tabela de exportações por estado (2025)
| Estado | Valor Exportado (US$) | Participação % | Principais Produtos Exportados |
| Acre | 63,6 milhões | 0,032% | Carne bovina, soja |
| Amapá | 72,4 milhões | 0,037% | Madeira, açúcar, leite, minério de ferro |
| Roraima | 82,3 milhões | 0,041% | Milho, carne bovina |
| Paraíba | 94,5 milhões | 0,047% | Açúcar, melaço, calçados, sucos |
| Distrito Federal | 188 milhões | 0,094% | Querosene de aviação, sorgo |
| Sergipe | 224,3 milhões | 0,113% | Petróleo, suco de laranja, açúcar |
| Amazonas | 495,2 milhões | 0,249% | Motocicletas, ouro semimanufaturado |
| Alagoas | 536,6 milhões | 0,270% | Açúcar, melaço, minério de cobre, tabaco |
| Rio Grande do Norte | 549,3 milhões | 0,277% | Óleo combustível, ouro, açúcar |
| Piauí | 662,6 milhões | 0,334% | Soja, algodão bruto |
| Ceará | 1,354 bilhão | 0,683% | Ferro e aço, frutas, calçados, ceras, pescados |
| Pernambuco | 1,461 bilhão | 0,737% | Combustíveis, máquinas, soja |
| Tocantins | 1,926 bilhão | 0,972% | Soja, carne bovina, ouro |
| Rondônia | 2,019 bilhões | 1,019% | Soja, carne bovina, milho, café |
| Maranhão | 3,074 bilhões | 1,552% | Alumínio, alumina, soja, celulose |
| Espírito Santo | 5,658 bilhões | 2,857% | Minério de ferro, café, celulose, rochas ornamentais |
| Bahia | 6,283 bilhões | 3,173% | Soja, óleo combustível, celulose, ouro, algodão |
| Mato Grosso do Sul | 6,337 bilhões | 3,200% | Celulose, soja, carne bovina |
| Santa Catarina | 6,952 bilhões | 3,510% | Carne de frango, carne suína, geradores, madeira, soja |
| Goiás | 7,963 bilhões | 4,021% | Soja, carne bovina, cobre, açúcar |
| Rio Grande do Sul | 11,171 bilhões | 5,641% | Fumo, soja, cereais, carne de frango |
| Pará | 13,188 bilhões | 6,660% | Minério de ferro, alumina, cobre, alumínio |
| Paraná | 13,218 bilhões | 6,675% | Soja, carne de frango, açúcar, papel, automóveis |
| Mato Grosso | 17,551 bilhões | 8,863% | Carne bovina, soja, milho |
| Rio de Janeiro | 25,242 bilhões | 12,747% | Petróleo, ferro e aço semiacabados |
| Minas Gerais | 25,438 bilhões | 12,846% | Minério de ferro, café, ouro, soja, ferro-ligas |
| São Paulo | 40,100 bilhões | 20,251% | Açúcar, etanol, suco de laranja, carne bovina, celulose, papel |
| Não Declarado | 6,097 bilhões | – | – |
Como esses dados podem ajudar estrategicamente sua empresa
Os números de exportação por estado não servem apenas para entender o cenário econômico do Brasil. Eles podem se transformar em inteligência estratégica para empresas que atuam no comércio exterior. Veja como:
- Escolha de local de produção ou armazenagem: avaliar em qual estado faz mais sentido investir, considerando infraestrutura logística, incentivos fiscais e volume exportador do setor.
- Negociação com armadores: estados líderes em determinados produtos concentram carga. Conhecer esses polos dá mais poder de barganha para garantir frete competitivo e espaço nos navios.
- Planejamento de sazonalidade: entender a época de pico em commodities (como soja no MT) permite programar embarques em períodos mais vantajosos, reduzindo custos e evitando rolagens.
- Diversificação de mercados: mapear estados que exportam produtos complementares abre espaço para consolidação de carga, combinando commodities com produtos industriais no mesmo fluxo.
- Gestão de riscos: regiões muito dependentes de um único produto ficam vulneráveis a crises internacionais. Antecipar esse impacto ajuda a proteger a cadeia de suprimentos.
- Acesso a incentivos fiscais e políticas locais: conhecer o perfil exportador de cada estado facilita o aproveitamento de benefícios regionais e regimes especiais que reduzem custos.
- Análise de competitividade internacional: observar os produtos líderes por estado permite avaliar onde há maior concorrência e onde ainda existem nichos pouco explorados.
- Planejamento logístico integrado: cruzar dados de exportação com proximidade a portos, terminais e corredores logísticos gera ganhos em tempo de trânsito e economia no transporte interno.
Parcerias estratégicas: identificar polos de produção possibilita buscar parceiros locais para consolidar operações de forma mais eficiente
A contribuição das exportações brasileiras para a economia brasileira
Como deu para perceber, cada estado tem um papel específico no tabuleiro do comércio exterior. Já pensou no impacto que a exportação de um único produto pode ter na economia de uma região inteira?
Exportar é mais do que vender: é gerar empregos, atrair investimentos e fomentar o desenvolvimento local. E o Brasil tem se mostrado eficiente nesse aspecto, mantendo superávit comercial desde 1997.
Perfil das exportações estaduais brasileiras
Empresas que desejam atuar com exportação precisam ir além dos números. Conhecer o perfil logístico e produtivo de cada estado pode ser a chave para operações bem-sucedidas.
Entre os pontos de atenção, estão:
- distância dos portos de embarque,
- condições de armazenagem e transporte,
- exigências legais e fiscais,
- documentação necessária para cada tipo de operação.
Além disso, vale ficar atento ao que os países compradores realmente precisam. Será que o que o Brasil oferece pode ser ajustado para atender melhor essas demandas?
O ranking dos estados exportadores do Brasil
Agora que você já viu todos os dados, ficou mais fácil entender o cenário: os cinco estados que mais exportaram entre janeiro e julho de 2025 foram:
- São Paulo,
- Minas Gerais,
- Rio de Janeiro,
- Mato Grosso,
- Paraná.
Mas atenção: isso não significa que esses estados têm os maiores superávits comerciais, pois alguns deles também importam em grandes volumes.
Na DC Logistics Brasil, transformamos dados em estratégia. Ajudamos sua empresa a identificar os melhores polos de produção e armazenagem, negociar fretes de forma mais competitiva, planejar sazonalidades e antecipar riscos.
Com o suporte da nossa plataforma DC Cloud, presença nacional e uma rede internacional de agentes confiáveis, oferecemos visibilidade total da carga e atendimento especializado para cada produto.
Se você quer transformar inteligência de mercado em operações de exportação mais seguras e rentáveis, fale com a DC e descubra como podemos apoiar sua empresa a alcançar novos mercados.
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FAQ – O que cada estado brasileiro mais exporta (2025)
São Paulo lidera o ranking nacional com US$ 40,1 bilhões exportados, representando 20,25% das exportações brasileiras.
Em 2025, os cinco primeiros foram: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.
Os principais itens são soja, petróleo, minério de ferro, celulose, carne bovina, milho, café e açúcar.
O Pará é o líder da região com foco em minério de ferro, alumina e alumínio. Amazonas exporta motocicletas e ouro, e Rondônia se destaca na soja e carne bovina.
A Bahia lidera a região com soja, celulose e ouro. Maranhão, Ceará e Pernambuco também têm forte participação com alumínio, frutas, combustíveis e calçados.
O estado ocupa a terceira posição nacional, com foco em petróleo e produtos semiacabados de ferro e aço.
Minério de ferro, café, ouro, soja e ferro-ligas.
Elas geram empregos, atraem investimentos e mantêm o superávit comercial do Brasil, registrado de forma contínua desde 1997.
É fundamental considerar a distância até portos, condições de armazenagem, transporte, exigências fiscais e documentação, além das demandas específicas dos países compradores.




