As importações de produtos químicos tiveram um aumento de 8,2% de janeiro a outubro de 2017 em comparação ao mesmo período do ano anterior. O valor em transações chegou US$ 30,9 bilhões. Já as exportações cresceram 13,3% no mesmo período, ou US$ 11,3 bilhões. Os números, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), confirmam que o déficit na balança comercial de produtos químicos nos primeiros dez meses do ano somou US$ 19,6 bilhões. Isso representa um crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
A expectativa da Abiquim é que deverá ser registrado um déficit comercial em produtos químicos de US$ 23,2 bilhões até o final do ano. Esse resultado reverteria o histórico dos últimos três anos, quando foram registradas quedas desse indicador (em 2014, de US$ 31,2 bilhões; em 2015, de US$ 25,4 bilhões; e em 2016, de US$ 22 bilhões).
Até o final de 2017, a projeção é de que as importações deverão totalizar US$ 36,8 bilhões. Já as vendas externas devem alcançar US$ 13,6 bilhões, aumentos respectivamente de 7,6% e de 11,7% em relação ao ano anterior. Em volume, deverão ser movimentadas 43,2 milhões de toneladas importadas e de 16,5 milhões de toneladas exportadas. Dados que confirmariam um acréscimo de 15,2% e de 0,8%, na mesma comparação.
Os intermediários para fertilizantes seguem como o principal item na lista de importações químicas. Eles correspondem a 16,9% do total das importações em valor e por 60,2% das quantidades importadas, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química. As compras desse produto, até outubro, somaram US$ 5,2 bilhões, um incremento de 23,9% em relação ao valor importado nos mesmos meses do ano passado.
Para a diretora de assuntos de comércio exterior da Abiquim, Denise Naranjo, os resultados da balança comercial retratam a tímida recuperação econômica do Brasil.